O presidente iraniano morreu há exatamente uma semana. Ebrahim Raisi seguia a bordo de um helicóptero que se despenhou na província do Azerbaijão Oriental, no noroeste do Irão. O mau tempo terá sido a causa do acidente.
A morte inesperada de Ebrahim Raisi, que tinha sido eleito em 2021, obrigou o país a repensar a presidência e a própria sucessão do líder supremo do Irão — Raisi também era visto como o grande favorito a suceder ao ayatollah Ali Khamenei.
O convidado deste episódio, José Palmeira, professor de Relações Internacionais da Universidade do Minho, diz que não é de esperar uma “mudança significativa” no país, até porque “o regime consegue controlar todo o sistema político”.
Para já, e segundo a Constituição do Irão, o até então vice-presidente Mohammad Mokhber assumiu a presidência interina. Mas ainda há dúvidas sobre quem poderá substituir Raisi — foram marcadas eleições para o dia 28 de junho.
Seja quem for o sucessor, terá “um perfil muito semelhante” ao do falecido presidente, “por ventura com menos carisma, mas alguém que esteja alinhado com o líder supremo, que é ultraconservador”, antecipa José Palmeira.
Este episódio foi conduzido pela jornalista Mara Tribuna e contou com a sonoplastia de João Luís Amorim. O Mundo a Seus Pés é o podcast semanal da editoria Internacional do Expresso. Subscreva e ouça mais episódios.