Alta Definição

“Houve uma fase em que me fechava no quarto, não tomava banho e comia mal. Se não fossem as mulheres da minha vida não me tinha reerguido”

Tinha um pai “babado” que plastificava tudo o que saía sobre ela nos jornais, era vista como uma miúda tímida apesar de estar sempre a fazer teatros em casa e, em jovem, lembra-se de fumar cigarros no Parque Mayer. Hoje, tem duas filhas das quais se orgulha e uma carreira longa e reconhecida no teatro. Mas revela que “há sempres curvas no nosso caminho que nos fazem perder a esperança”. Ouça aqui o ‘Alta Definição’ em podcast com a atriz Cristina Oliveira

Estreou a carreira de atriz no Teatro Ádóque, subiu aos palcos do Villaret e Variedades, chegou a trabalhar com o encenador Filipe La Féria. Cristina Oliveira é hoje uma reconhecida atriz do teatro, mas em criança ninguém na família acreditava que esta podia vir a ser a sua profissão. “Eu andava sempre a inventar teatros em casa. Colocava as minhas irmãs a ler 'A Menina do Mar' e a cantar. Mas, quando disse que queria ser atriz, toda a gente questionou. Era vista como uma miúda tímida”, conta a Daniel Oliveira.

Neste episódio do ‘Alta Definição’, a atriz leva-nos pelos vários caminhos da sua vida. Recorda o pai “babado” que passava horas a fio com ela a ensaiar de noite para garantir o sucesso das audições, mas também os momentos em que, quando parecia já ter tudo, filhas e uma carreira bem consolidada, teve de vender empadas para o café de uma amiga. “Não havia trabalho na área. Fechava-me no quarto, não tomava banho e comia mal. Achava que a culpa era minha, os outros tinham conseguido chegar mais longe e eu não. Se não fossem as mulheres da minha vida nunca me tinha reerguido”, revela. Ouça em podcast o programa emitido a 24 de maio na SIC.

Entrevistas intimistas conduzidas por Daniel Oliveira. Todas as semanas um novo convidado no ‘Alta Definição’, um programa da SIC. Ouça mais episódios:

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