Nuno Presa Cardoso

Obama bebe na Budweiser (com vídeo)

Ainda faltam alguns dias para sabermos quem é o futuro Presidente dos Estados Unidos mas já temos um claro vencedor.

Criativamente, Barack Obama esteve sempre muitos pontos à frente (muito mais do que indicam as intenções de voto) do candidato conservador, vencendo e convencendo a batalha da comunicação.

Se há um país onde o marketing político ganha realmente eleições são os Estados Unidos da América.

E Obama começou a ganhar quando trouxe novidades e inovação para a campanha. Desde o financiamento através da web, em que qualquer pessoa podia fazer pequenos donativos, até à nomeação do vice-presidente comunicada através de SMS.

Depois, as ideias políticas foram embrulhadas em excelentes ideias de comunicação, passando a mensagem de uma forma agressiva e terrivelmente eficaz para os diferentes públicos.

Para chegar aos cowboys do Texas, aos afro-americanos, aos latinos, aos ameríndios, aos intelectuais ou aos canalizadores de nome Joe, o já famoso slogan yes we can, apresenta-se das mais variadas formas.

Um exemplo magnífico é o anúncio pastiche (copiado intencionalmente) de uma campanha publicitária da Budweiser que se tornou um filme de culto à escala mundial.

O wassup surge-nos agora (passados oito anos) com muita inteligência e humor, passando a ideia que estes últimos anos foram realmente um equívoco e que é possível mudar.

Goste-se ou não de Obama a ideia é excelente. Tão boa que os nossos especialistas em marketing político vão ficar tentados a importar também este formato. Pode ser que ainda vejamos anúncios pastiche à baleia da Optimus em analogia à crise que nos veio dar à costa.

O meu nome é Nuno Presa Cardoso e aprovei este texto.