Deste pressuposto, parto para duas hipóteses: ou não houve crime e então Manuel Vicente, Orlando Figueira e os outros arguidos podem ir em paz; ou houve crime de corrupção e então não percebo o crédito que dão a Orlando Figueira. Porque a questão é esta: eu posso condenar, mas compreender, que uma alta individualidade de Angola ou de outro país, bem como o seu advogado e um amigo de sempre, tentem pagar a um magistrado português para se safar de um processo. O que tenho de condenar e nem sequer posso admitir é que um Procurador da República, a trabalhar no DCIAP, se deixe corromper e com isso coloque em causa a magistratura do país e a probidade da nossa Justiça. Que Vicente seja julgado é uma questão importante. Se há, ou não, mais implicados no crime, é outra. Mas que Orlando Figueira se passeie em Tribunal tentando fazer de todos nós tolos, é infinitamente mais grave.
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