Ficou célebre o artigo “Stop Coddling the Super-Rich”, de Warren Buffett, no “The New York Times” em 2011, onde o multimilionário americano se indignava por ter uma taxa de imposto inferior a 20% enquanto os seus funcionários pagavam 36%. Em Portugal, 25% da riqueza está nas mãos de 1% das pessoas, segundo a World Inequality Database. As duas coisas não estão relacionadas, mas tem subjacente uma realidade comum: os Estados têm enorme dificuldade em tributar alguns tipos de rendimentos e isso não só pressiona as contas públicas como tende a agravar a desigualdade. A dicotomia clássica foi quase sempre entre capital e trabalho, o exemplo de Buffett: a tributação dos salários (incluindo contribuições) na União Europeia gera mais do dobro da receita obtida com o capital. Nos últimos anos, no entanto, têm-se multiplicado esquemas para trabalhadores de altos rendimentos (e pensionistas) pagarem menos impostos. Portugal também os tem desde 2009.
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