O deputado suíço pediu a palavra e disse ao Parlamento que ia ler os nomes das crianças inscritas numa escola de Zurique. Eram nomes bastante exóticos na Suíça: “Silva. Santos. Ferreira. Costa. Oliveira. Sousa. Rodrigues.” Como é evidente, o caso gerou indignação em Portugal. Manifestando-se contra a presença de apelidos portugueses nas escolas suíças, o deputado hostilizava os nossos emigrantes, e revelava que o povo suíço não tinha especial vocação para acolher estrangeiros, ao contrário do português, celebremente hospitaleiro. Juntamente com a valentia, uma das características de que os portugueses mais se orgulham é a de saber receber e conviver com pessoas de outros povos. Por isso, este foi um episódio muito significativo — e o facto de, que eu saiba, nunca ter acontecido não lhe retira importância.
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Was ist das?! Silva?!
Numa coisa Ventura tem razão: há 40 anos, os nomes dos meus colegas eram Carlos, Fernanda, Paulo, Sandra, Vítor; agora chamam-se Martim, Sofia, Benedita, Vicente, Francisca. Parece outro país