Volto ao início, à “Geração X” de Douglas Coupland. À medida que ia lendo o livro, 30 anos depois, na edição vistosa da Teorema, não queria saber daqueles vintões articulados e entediados, Andy, Claire e Dag, do seu gosto pelo auto-exame ou do seu sentimentalismo e vocação escapista, fabulista. Menos do que as histórias e as emoções deles, lembrava-me das anotações à margem do autor, das frases de cartaz ou de comício, das ilustrações hiper-realistas de Roy Lichtenstein com balões de diálogo sofisticados e sarcásticos. Os “contos para uma cultura acelerada” têm pouco interesse como ficção, mas fizeram época como comentário cultural.
Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.