As eleições inevitáveis que temos pela frente serão, sem qualquer dúvida, as piores de sempre em vários sentidos. O consulado de Costa, sobretudo no último ano e meio, foi uma sucessão de casos. A economia não avança. A saúde está à beira de uma catástrofe. As escolas estão a ficar sem professores. E há uma sensação difusa, cínica e errada de que isto é uma choldra, que é tudo uma cambada de bandidos. E, tragicamente, parece-me que esta acusação do ministério público tem dentro de si esta raiva populista contra tudo e contra todos e, por inerência, acaba por dar ainda mais gás ao populismo, até porque não faz aquilo que um órgão jurídico deve fazer: separar bem as águas entre o que é moral/imoral e o que é legal/ilegal. Uma coisa pode ser imoral, mas não é necessariamente ilegal.
Vamos lá ver se nos entendemos.