Em a “Divina Comédia” (o poema épico italiano equivalente aos nossos “Os Lusíadas”), Dante atravessa o inferno e purgatório acompanhado por Virgílio, poeta da época romana conhecido como representando a razão. Quando finalmente chegam à porta do paraíso, Virgílio não pode acompanhar Dante por ser dotado apenas dessa razão. Quem acolhe Dante no paraíso é Beatriz, o seu grande amor. Eis uma alegoria da vida que os estudos de António Damásio vieram, séculos mais tarde, confirmar: necessitamos de razão e emoção, são incindíveis. No entanto, esse equilíbrio nem sempre é fácil.
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