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Opinião

Gutter and Stars

Estamos a viver num período de fechamento mental no exato momento em que o Webb nos abre os olhos. Estamos em bunkers quando devíamos estar nos zigurates.

Acompanho quase diariamente as descobertas astrofísicas do telescópio Webb, que está para a cartografia espacial como Fernão de Magalhães esteve para a cartografia marítima. Apetece dizer que éramos cegos antes do Webb. Em apenas dois anos, estilhaçou a imagem que tínhamos do espaço. As novidades são tão titânicas que superam em muito a nossa capacidade para o espanto e compreensão. O que antes era um manto negro é agora um pontilhismo de cores e sons; há mais luz do que pensávamos na imensidão do cosmos. Além do mais, há factos novos que não deviam existir de acordo com as nossas teorias: por exemplo, há planetas do tamanho de Júpiter que não orbitam em redor de uma estrela, andam pelo espaço debaixo de uma lógica que não compreendemos, parecem vagabundos estelares. Ou seja, estamos só no início desta aventura.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.