O país já passou por muitas fases mais ou menos tensas do ponto de vista social, em que diversos sectores de actividade perturbaram durante um certo período o regular funcionamento de alguns serviços públicos, prejudicando o dia-a-dia dos cidadãos. Mas não me recordo de uma tão longa, tão intensa e tão diversa, de paralisação de sectores essenciais à vida, individual e colectiva, como esta que temos estado a atravessar.
Todos são simultaneamente protagonistas e vítimas, independentemente da idade, da situação económica ou da convicção política.