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Opinião

Truz, truz! É do FMI? Quem é?

Ó malvado e santo petróleo, ó malvado e santo FMI

Tem sido com denodo e empenhamento militante que o Governo angolano e o partido que o dirige há quase cinco décadas constroem castelos no ar e casebres em terra. Contudo, há que pelo menos reconhecer que aplanar um país exige muita devoção e amor por essa “tarefa ciclópica”, metaforicamente falando. Quando a guerra deixou de ser a desculpa fácil, surgiu a da volatilidade do preço do petróleo e, mais recentemente, e ninguém sabia, afinal foram os marimbondos e a corrupção… de outros! E, no ínterim, a degradação das condições sociais ocorreu na razão direta de um contínuo enlamear estrutural no petróleo. De 2016 a 2020, o país registou taxas de crescimento do PIB negativas! O ano passado ficou nuns 0,7%, beneficiando da subida do preço médio do petróleo de 42 para 70 dólares. Ó malvado, mas santo petróleo! Substituição de importações, promoção de novas exportações, onde estás Prodesi? Agora que se aproximam as eleições, numa conjuntura anormal de alta do preço do petróleo, o inconformismo da juventude, de corpos profissionais, de intelectuais, de empresários, de partidos da oposição, da igreja, etc., tenta impelir uma mudança necessária.