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O que é nacional é bom, mas...

O consumidor africano gostaria de adquirir made in Africa, mas a indústria não acompanha

Num estudo sobre reconhecimento de marcas em geral e de marcas africanas efetuado pela empresa How We Made It in Africa junto de consumidores de mais de 20 países africanos, apenas 20% diziam respeito a marcas continentais e com apenas 15% no âmbito do top 100. No entanto, 63% dos inquiridos afirmaram que prefeririam comprar made in Africa. Ora, só se pode vender aquilo que se produz, o que nos remete, por exemplo, para a cansativa chamada de atenção, mas sempre necessária, da industrialização em África (curiosamente ao nível dos serviços a situação é diferente). E sobre o papel e oportunidades para a indústria em África surgem usualmente duas ideias: a primeira acentua que África está assim porque não transforma as suas matérias-primas e, ao invés, exporta-as em bruto e importa os seus transformados; a segunda, destaca a vantagem competitiva que serão a enorme disponibilidade de mão de obra e barata. Ambas têm muito para que se pudesse aqui dissertar. Mas peguemos na última.