As previsões, no geral, assentam em modelos que podem ser inteiramente corretos durante um período de tempo, mas se degradam com o passar dos acontecimentos. Veja-se o caso da pandemia: acreditámos que a imunidade de grupo nos salvaria; e isso seria teoricamente verdade num modelo em que o vírus tivesse menos proatividade, ou não fosse tão propenso a mutações e estirpes diferentes como modo de responder às nossas defesas, vacinas e medicamentos.
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Cenas de um futuro imprevisível
O ser humano é estranho. No geral, entende o futuro como algo absolutamente previsível através de mecanismos mais ou menos apurados. Sejam previsões científicas (que tantas vezes se baseiam em estatísticas), sejam inquéritos de opinião, seja pelo simples barulho que fazem os protagonistas, ou agora chamados ativistas, as previsões apresentam-se como factos, sem a elementar prudência de dizer ‘posso estar errado’