Um prémio tem a importância que o elenco de premiados lhe confere. Por isso, basta-me que o Nobel da Literatura tenha sido atribuído a Hamsun, Yeats, Mann, Pirandello, O’Neill, Hesse, Gide, Eliot, Faulkner, Hemingway, Camus, Pasternak, Seferis, Kawabata, Beckett, Neruda, Montale, Bellow, Milosz, Canetti, García Márquez ou Brodsky, isto apesar das primeiras décadas de nórdicos esquecíveis, das escolhas ideológicas, dos esquecimentos e dos vetos. Há quem diga que o Nobel é cada vez menos um prémio de consagração e cada vez mais um prémio de revelação, mas a verdade é que ninguém leu tudo, ninguém conhece tudo. E qualquer leitor que se preze gosta de descobertas.
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