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Opinião

O soar das campainhas

Há indícios de que o PS está em perda junto dos mais jovens, dos mais qualificados e parece não manter a mesma força eleitoral nas famílias com filhos menores

Se olharmos para os resultados do PS nas autárquicas há uma surpreendente consistência com 2017. Em termos globais, o PS perde 150 mil votos (somadas todas as coligações, teve 1,8 milhões de votos, e em 2017, com o mesmo critério, tinha tido 2,02 milhões), mas como votaram quase menos 200 mil eleitores, a variação percentual não é muito significativa — de 39% para 37,5%. A perda de um ponto percentual e meio assegura, de novo, uma vitória nacional. No entanto, esta vitória convive com tendências que devem fazer soar várias campainhas: na reconfiguração do eleitorado; no papel da campanha e nos debates programáticos.