O Governo anunciou que irá dar apoio de 500 euros a quem queira completar a sua formação, um incentivo que deve abranger 100 mil adultos, com habilitação inferior ao secundário, até 2025. Porque estas iniciativas são pagas por todos nós, é caso para nos perguntarmos se é este o tipo de gasto que irá melhorar o sistema educativo? Ou impõe-se uma mudança estrutural na educação, desde o ensino primário?
Na notícia já partilhada, dos mais de 132 mil adultos que, desde 2017, se inscreveram em processos de reconhecimento e certificação de qualificações, menos de metade (57.500) viu os seus níveis de qualificação aumentar por essa via. O facto de estarmos agora a encaminhar estes adultos para cursos de educação e formação, enquanto ofertas mais estruturadas e mais vocacionadas para desempregados, não nos deve dizer alguma coisa sobre intervenções preventivas com crianças e adolescentes?