Bom dia!
E se começar por lhe contar que os portugueses são os que mais gastam em alimentação na Europa?
Surpreendido?
É por aí que segue a manchete do seu jornal, numa nova edição que pode encontrar já nas bancas e que aqui desvendamos. Comecemos pelos destaques do Primeiro Caderno.
O Expresso fez as contas e revelamos esta semana que, além de os portugueses serem os europeus que mais gastam em alimentação, proporcionalmente (considerando o poder de compra de cada país), contamos ainda que isto acontece numa altura em que se verifica uma inflação sobre os produtos alimentares bem acima da média: em cinco anos, os preços subiram 34% em Portugal.
Temos mais dados: em 2024 gastámos mais de 3 mil euros por pessoa em bens alimentares, mais 43,5% do que tinhamos gasto em 2020.
Um euro serve hoje em dia, em Portugal, para comprar menos produtos do que em Espanha ou nos Países Baixos.
Um tema para ler, em detalhe, no Caderno de Economia.
Outros títulos:
Radares de velocidade estão a impedir dezenas de mortes. É outros dos temas principais desta semana.
Com uma sinistralidade rodoviária que coloca Portugal entres os piores países da UE, há boas notícias: o impacto da entrada em vigor dos novos radares de velocidade média permite concluir que os números baixaram nas zonas críticas. Ainda assim, o cenário geral é grave. A mortalidade mantém-se muito alta. 2300 pessoas morreram na estrada em quatro anos.
Menos de 4% dos lares de idosos em Portugal têm vagas. As listas de espera podem chegar aos três anos. Entre os principais problemas está o recrutamento de funcionários.
Helicópteros da Força áerea falham 65% dos pedidos de emergência do INEM. Apesar de terem sido acionados 14 vezes, só conseguiram descolar em cinco ocasiões para reagir aos pedidos de ajuda. A falta de rapidez e prontidão na resposta terá sido determinante.
Presidente disposto a travar nova Lei dos Estrangeiros. Marcelo ainda não promulgou as alterações do Governo à lei e, sabe o Expresso, a hipótese mais forte é o envio para o Tribunal Constitucional, embora o veto não esteja excluído. Se não o fizer, o pedido de fiscalização sucessiva do TC avança pela mão da oposição.
Marcelo não aceita Guiné-Equatorial na presidência da CPLP. Voltamos ao Presidente para lhe dizer que recusou participar na conferência da CPLP. Em causa, garantem fontes diplomáticas, a possivel atribuição à Guiné-Equatorial da presidência da organização a partir de 2027. O país permanece na lista negra de diversas entidades internacionais.
O debate do Estado da Nação ainda não arrefeceu no plenário da AR (tem aqui o resumo), mas pela frente já se antecipam outras trocas de recados perante a negociação do OE. E a via aberta pelo Governo, agora, é à direita e com o Chega. Recordamos outro exemplo de entendimento, a redução do IRS, proposta pelo partido de Ventura e apontamos o custo da medida: pode chegar aos 300 milhões de euros. O PS endurece o tom e já se afasta do Governo.
Há um tabu por desfazer no Banco de Portugal. Quem será o sucessor de Mário Centeno, quando será anunciado e quando entrará em funções? Com o mandato a terminar este sábado, o atual Governador continua sem conhecer a decisão do Governo.
Neonazis ensinam a fugir à lei para comprar armas. Desenvolvemos um tema em destaque na última edição e revelamos ainda que desde a pandemia já foram investigados mais de mil crimes de ódio, mas menos de 2% dos inquéritos resultaram em acusação.
Ministério Público quer tirar título nacional a piloto britânico. Em causa o primeiro lugar no Campeonato Nacional de Ralis, que a Federação Portuguesa de Automobilismo considera não valer o título de campeão nacional, por não ter sido alcançado por um piloto português. A confusão instalou-se e a decisão final está agora nas mãos do Tribunal Constitucional.
Lá por fora, damos notícia de que a violência em Múrcia foi planeada com extremistas europeus. Procuram-se explicações para os confrontos que marcaram a semana, na certeza de que se terá tratado de uma estratégia planeada à escala internacional. O presidente da comunidade muçulmana de Torre-Pacheco falou ao Expresso: “Só contamos para trabalhar no campo”.
Deportações de milhares de afegãos no Irão. Meio milhão de pessoas foram obrigadas a deixar o país nas últimas duas semanas. Quem fica, relata humilhações e discriminação.
No Caderno de Economia, além das novidades sobre a alimentação de que já lhe falei, tome nota de outros títulos importantes:
Obras de expansão da Portela em risco de falhar meta de 2028. É o objetivo fixado pelo Governo, mas a ANA ainda não conclui o estudo de impacto ambiental que terá também de passar pelo aval da Agência Portuguesa do Ambiente.
Renault reforça produção na fábrica de Aveiro à boleia da mobilidade elétrica. A marca continua a recrutar trabalhadores e o volume de negócios aumenta.
O alerta do presidente da Associação de Promotores Imobiliários sobre os desafios da habitação numa entrevista ao Expresso: “O Estado não vai conseguir entregar as 59 mil casas prometidas”. Sublinhamos os dados recentes do INE, o preço da habitação aumentou 18,7% no primeiro trimestre.
Trump joga à roleta russa com as tarifas e deixa UE sob pressão. Tudo sobre a guerra comercial e ainda a opinião de um dos notáveis da economia americana, Kenneth Rogoff: “A Europa não deve ceder à chantagem”.
Gyökeres faltou ao trabalho. E se fosse você? Sim, escrevemos sobre um dos temas de discussão da semana e a perspectiva prende-se com o contrato laboral, os deveres e direitos que impõe e as consequências de um incumprimento. E sobre a estrela do Sporting, ainda não estamos conversados. Volto ao tema mais daqui a pouco!
E assim entramos na rota do trabalho, Carreiras e Liderança: O CEO é o limite. Esta semana destaque para o grupo Pinto Basto, um case study na INSEAD, uma empresa com mais de 250 anos com uma lição para partilhar: “O imediatismo é inimigo de projetos de longo prazo”.
Esta é também a semana em que damos a conhecer o primeiro dos Empregos de Verão que vamos destacar. Falamos dos jovens de mochila às costas e recordamos o número crescente do trabalho temporário nesta fase.
Fogo posto. Com este ponto de partida, a condizer com a subida dos termómetros, começamos a percorrer o mapa do país que mais arde na União Europeia, o nosso.
O trabalho que faz a capa desta semana na Revista procura traçar um retrato de uma nação de incendiários, entregue a si própria, com a consciência que o crime impera na propagação das chamas.
Mas há mais:
Joaquim Cortés ao Expresso: “o mais importante nesta vida é não perdermos a nossa identidade” e ainda “um artista que nasce no palco quer morrer no palco”. A entrevista ao bailarino espanhol (um dos mais famosos de sempre) que regressa aos palcos portugueses.
Trabalhar após a reforma em Portugal: por necessidade ou por gosto? Conheça os dados que fazem de Portugal um dos países europeus onde mais pessoas acumulam a pensão de velhice com um salário.
Espanha: a agonia de um regime. Recordamos os dias que marcam a história, desde os derradeiros meses de Francisco Franco até à atualidade, ao papel de Pedro Sánchez e à relação com Portugal.
Não perca ainda esta sugestão: um roteiro pelos novos museus de Lisboa.
Na rota do seu jornal, não saímos de cena sem deixar de destacar o suplemento Ideias que esta semana reflete sobre a (longa) marcha da economia chinesa.
No ensaio assinado pelo historiador e cientista político da Harvard Kennedy School, Rana Mitter, percorremos a ascensão chinesa, falamos dos protagonistas e dos debates que essa transformação tem provocado, dentro e fora de portas.
Para Figura da Semana elegemos Hasan Çetinkaya. Se o nome lhe causa estranheza, junto-lhe (uma vez mais!) a figura de Gyökeres. Contamos-lhe quem é o agente do jogador, o homem de quem se fala no braço de ferro com o Sporting.
Não faltam notícias com a marca do Expresso à sua espera nas bancas.
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Tenha excelentes leituras, uma ótima sexta-feira e, se for caso disso, umas boas férias!