Bom dia,
Já está nas bancas mais um número do Expresso. Se quiser consultar toda a edição deste sábado sem sair de casa também o pode fazer. Basta fazer uma assinatura digital aqui. Além dos três habituais cadernos (Primeiro, Economia e Revista) conte com um destacável com “500 Ideias para Sobreviver neste Inverno Dentro e Fora”, esta semana dedicado aos melhores filmes, séries de TV, discos, passeios, hotéis, podcasts e serviços de entrega ao domicílio.
E já que se faz tarde vamos à manchete deste dia 24 de outubro de 2020: em Portugal, há 72 concelhos com um nível de contágio muito elevado. Mais de 120 novos casos por 100 mil habitantes em duas semanas indicam grande vulnerabilidade ao vírus. Os especialistas pedem a divulgação dos mapas de perigo à população mas o Governo resiste. Saiba se o seu concelho faz parte da lista dos mais preocupantes no que respeita à transmissão de covid-19.
Há vida para lá do coronavírus. É verdade, também se está a discutir e a votar um Orçamento do Estado para 2021. É cerro que a antigamente chamada geringonça está mais frágil: o PCP já anunciou que se iria abster. E, à direita, a vida não está mais fácil para o Governo de António Costa: Rui Rio só admite salvar Orçamento do Estado se Costa pedir desculpa. O presidente do PSD não tenciona salvar o Orçamento do Estado, mesmo que o Governo não garanta a viabilização da proposta com os apoios da esquerda e do PAN, confessou ao Expresso Adão Silva, o líder do grupo parlamentar.
Há mais de 160 mil portugueses que já não podem sair de casa. Ou melhor, que têm o dever de ficar em casa. É o que acontece nos concelhos de Paços Ferreira, Lousada e Felgueiras onde as famílias numerosas e as condições de trabalho nas fábricas fizeram explodir os números de casos de contágio. Autarcas e população criticam duramente as medidas tomadas.
Também se ouvem críticas dos familiares e amigos de doentes internados. Há oito meses que estão interditados os encontros entre doentes internados e os seus familiares. Internados por outras razões que não a infecção pelo novo coronavírus. Cresce a revolta.
Nas escolas, há cada vez menos alunos. Aumentam as turmas em isolamento e regressam as aulas online.
Já as queixas por violência doméstica estão em queda acentuada.
Por seu lado, as restrições e proibições impostas pela covid-19 levaram a uma “fadiga pandémica” que fez aumentar o número de festas e convívios entre familiares e amigos. Na rua ou dentro de casa, multiplicaram-se as jantaradas e as festas em que a norma é não usar máscara.
Não perca também a reportagem nos principais hospitais portugueses a lidar com a pandemia: São João e Amadora-Sintra avisam que os próximos meses vão ser muito duros.
Do outro lado do Atlântico também há pandemia mas vão igualmente acontecer aquelas que já são consideradas as eleições da década. O confronto nas urnas entre Donald Trump e Joe Biden para a conquista do lugar de Presidente dos Estados Unidos da América está marcado para 3 de Novembro mas o Expresso já está no terreno e produzirá conteúdos exclusivos para assinantes todos os dias, a partir dos EUA e assinados por Ricardo Costa, David Dinis, Pedro Cordeiro e Ricardo Lourenço. Conte também com a opinião de Clara Ferreira Alves, Daniel Oliveira, Luís Pedro Nunes, Pedro Magalhães, Henrique Raposo, Paulo Baldaia, Pedro Mexia e Lourenço Pereira Coutinho. Já hoje, na edição semanal, leia a reportagem de Pedro Cordeiro, a partir de Nashville: “Querem expulsar Deus deste país”, dizem os apoiantes de Trump no rescaldo do debate televisivo desta semana.
O Ohio, onde está o nosso correspondente Ricardo Lourenço, é considerado um dos estados mais decisivos para o resultado final. Os seus eleitores ora balançam entre o candidato democrata e o candidato republicano. O Expresso acompanha várias famílias no leste daquele estado desde 2016, ano em chocaram a América por transferirem o seu voto de Obama para Trump. Hoje, mais uma vez, são um eleitorado decisivo. Ou quando a pandemia é “só mais uma dor de cabeça”.
O interesse de Portugal nestas eleições é cada vez maior como atesta o texto de Miguel Monjardino, cronista do Expresso e comentador da SIC Notícias, que chegou à capa da Revista do Expresso. Entre a China e os EUA, onde fica Portugal? Pequim é cada vez mais um parceiro económico mas a aliança com Washington e Bruxelas deixam Portugal numa posição cada vez mais complicada. Desde o dia em que Xi Jinping, Presidente da China, humilhou Paulo Portas, então ministro dos Negócios Estrangeiros, num hotel de Angra do Heroísmo, em 2014, até aos dias de hoje, em que se discute a rede de 5G, vai um caminho que tem tudo para ser pedregoso.
Também na Revista, está uma entrevista de fundo a Hilary Mantel, a vencedora de dois Booker Prize – o que ninguém mais repetiu – a pretexto da publicação em Portugal de “O Espelho e a Luz”, o terceiro volume da saga dedicada a Thomas Cromwell. “Aprendi que as pessoas ambiciosas e de segundo plano confundem poder com estatuto – foi verdade no reinado de Henrique VIII e parece ser verdade agora”, diz.
No caderno de Economia, o maior destaque vai para a nova legislação que está a ser preparada pelo Governo, a chamada lei Uber, e que vai reforçar os direitos dos trabalhadores das plataformas de TVDE. Em linha com as orientações de Bruxelas e da Organização Internacional do Trabalho, Portugal quer reforçar os direitos e a proteção dos trabalhadores e prepara legislação específica para o sector que chega à concertação social já em Novembro. Lei fixará regras para rendimento, vínculos e segurança social.
A questão impõe-se: “Vamos gastar mais com o IVAucher e corte no IRS?”, duas das medidas preconizadas pelo Governo neste Orçamento. As dúvidas surgem quando se questiona a eficácia do IVAucher — um desconto equivalente ao valor do imposto suportado com despesas de restauração, alojamento e cultura — e da redução das taxas de retenção na fonte do IRS enquanto estímulos para as famílias gastarem mais e animarem a economia. O Expresso falou com economistas, fiscalistas e representantes dos empresários, que concordam com a possibilidade de um impacto positivo no consumo, porém isso não quer dizer que ambas as medidas contribuam, de facto, para dar gás à retoma.
Tudo isto e muito mais na edição de hoje do Expresso. Tenha um bom fim de semana!