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A guerra pelo palco da cimeira Trump-Putin-Zelensky, o hediondo crime de dois polícias e outras histórias nada silly

Viva,

estamos em pleno agosto e não há líderes políticos com tempo para fazer férias. Por cá, Luís Montenegro foi ao funeral do bombeiro que morreu a caminho de um incêndio e acabou por ser alvo da frustração de alguns cidadãos. À hora que lhe escrevo este Diário, há 50 focos ativos, oito de especial complexidade e quase cinco mil meios envolvidos nos combates.

Europa fora, chefes de Estado e de Governo juntaram-se virtualmente, de computadores abertos, para perceber como podem ajudar a entregar paz à Ucrânia (e às fronteiras da própria União). António Costa, presidente do Conselho Europeu, lembrou que “há muito trabalho para fazer”. Aqui no Expresso, a Mara Tribuna falou com quem sabe e percebeu que há uma divisão na UE sobre um assunto crucial: cedências de território. Entretanto, noutra frente, já há uma guerra diplomática em curso sobre o país que pode acolher a cimeira tripartida – e a escolha pode dizer-nos alguma coisa sobre o desfecho das negociações, como conta a Catarina Maldonado Vasconcelos.

E depois há esta notícia, que não tem adjetivos à altura: o Ministério Público acusa dois agentes da PSP de terem sequestrado e espancado mortalmente o imigrante marroquino que foi abandonado na berma de uma estrada em Pechão, no Algarve. O jovem imigrante morreu em março de 2024 depois de 19 dias de internamento no Hospital de Faro. Agora, a família pede 1,6 milhões de euros de indemnização ao Estado português, conta o Rui Gustavo. Mas nem o ódio, nem a vida têm qualquer preço.

Está a ser mais um verão muito pouco silly. Ao ponto de a crónica semanal do Ricardo Araújo Pereira ser sobre os meios de conspiração social. Garanto que vale a pena ler. Mas como, apesar de tudo, é verão, deixo-lhe algumas outras sugestões de leitura para o final de dia. Umas mais leves, outras menos – aqui mesmo na lista em baixo. Pela minha parte é tudo: resto de dia bom e até amanhã.