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Crise na Ucrânia, humor censurado e governo com menos mulheres

CAROLINE BREHMAN

Boa tarde,

Na Califórnia dura há uns dias e em Madrid foi ontem. As manifestações voltam a agitar as ruas, refletindo a crescente insatisfação social em ambos os lados do Atlântico. Enquanto isso, o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia parece cada vez mais distante e a ajuda militar ocidental à Ucrânia começa a dar sinais de desaceleração — um momento crítico que poderá favorecer a posição russa na região.

Por cá, o Novo Banco prepara-se para mudar de mãos, numa venda que pode acontecer ainda este mês. O governo continua a tentar condicionar o processo para afastar o interesse espanhol, numa jogada que poderá ter impacto significativo no futuro do banco.

Entre grandes movimentações internacionais e decisões nacionais estratégicas, fique connosco para acompanhar tudo o que precisa de saber. Até amanhã.

1. Humorista condenado a mais de 8 anos de prisão por piadas

A justiça de São Paulo condenou o humorista Léo Lins a 8 anos e 3 meses de prisão, além de uma multa de 1,4 milhões de reais. A decisão prende-se com piadas feitas no seu especial de stand-up “Perturbador”, que foi removido do YouTube em maio de 2023. No programa Humor À Primeira Vista, Gustavo Carvalho conversa sobre este caso com Ricardo Araújo Pereira, que classifica a sentença como típica de regimes autoritários.

2. Peso das mulheres no novo Governo é o mais baixo dos executivos da última década

O segundo executivo de Luís Montenegro tem a menor representação feminina dos últimos dez anos: apenas um terço dos cargos governativos são ocupados por mulheres. Entre ministérios e secretarias de Estado, há agora menos mulheres do que no seu primeiro mandato, que tinha sido o mais paritário da democracia. Segundo dados oficiais, a tendência de crescimento da participação feminina no Governo foi interrompida.

3. Campeões mais uma vez

A imprensa espanhola reconhece mérito à vitória portuguesa na final da Liga das Nações, mesmo que alguns jornais defendam que a superioridade espanhola só não se confirmou no prolongamento. Em destaque está Nuno Mendes, elogiado pela velocidade “motorizada”, e Cristiano Ronaldo, que, segundo o Marca, mantém o instinto mas já não a influência de outros tempos: “o seu raio de ação reduziu-se a dez metros”.