Marcelo Rebelo de Sousa, na entrada para a Assembleia da República para tomar posse para o seu segundo mandato, acompanhado de Ferro Rodrigues
NUNO BOTELHO

Boa tarde,

é inevitável olhar hoje com mais atenção para Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República que esta terça-feira tomou posse para novo, e último, mandato de cinco anos no Palácio de Belém.

Marcelo deixa pesado caderno de encargos: “A reconstrução duradoura é muito mais do que regressar a 2019”
Um discurso a mil à hora, como quem não tem tempo a perder. Marcelo Rebelo de Sousa fez na posse um balanço qb crítico de Costa I - "atenuou suavemente as desigualdades sociais, mas foi adiando investimentos e transformações mais profundas" - e deixou um fardo pesado a Costa II. Mais crescimento, menos desigualdades, "clareza, boa gestão e eficácia" na 'bazuca'. Pela sua parte, o Presidente promete ser "o mesmo de há cinco anos". E "o mesmo de ontem". Se houver estabilidade política, ajuda.

Esta manhã, ainda antes mesmo de tomar posse, Marcelo falava ao Expresso:

Marcelo: “Há vários mandatos dentro deste mandato” (e o pós-legislativas “pode ser um problema”)
"Há vários mandatos dentro deste mandato". A frase é de Marcelo Rebelo de Sousa ao Expresso e define o bico de obra que o Presidente da República antevê para o seu segundo mandato.
Marcelo sabe que o que está para vir são cinco anos de desafios e imprevisibilidade máxima, em que o desfecho da sua década em Belém dependerá, em grande parte, do resultado das próximas legislativas. Se delas não sair uma maioria clara, "pode ser um problema. Aí, é um problema para o PR", reconhece o Presidente.

Adiante, que há mais vida para além de Marcelo...

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