No Expresso Diário de hoje, João Almeida Rosa faz uma antevisão do jogo entre Benfica e FC Porto que se realiza sábado, às 19h, no Estádio da Luz. “O Benfica está melhor e joga em casa, mas o FC Porto entrará com o orgulho ferido e a vontade própria dos encontros com os encarnados: nos últimos 10, só perdeu dois (ainda que os dois da última Liga) e nas últimas cinco visitas ao Estádio da Luz só por uma vez saiu sem pontos. Facilidades em perspetiva? Nenhumas, de lado a lado.”
Virgílio Azevedo revela um estudo de investigadores italianos sobre o desperdício alimentar. “É um problema estrutural que, se for resolvido, poderia contribuir decisivamente para acabar com a fome, que atinge 821 milhões de pessoas (11% da população mundial). As Nações Unidas calculam que um terço dos alimentos é perdido ou vai parar ao lixo e que os países ricos deitam fora uma quantidade de alimentos equivalente à produção de toda a África Subsariana, isto é, cerca de 230 milhões de toneladas por ano.” Citando o anterior artigo, “Facilidades em perspetiva? Nenhumas.”
Na zona de opinião, Cristina Figueiredo e Daniel Oliveira comentam o despacho do Ministério da Educação que concretiza medidas previstas na lei de identidade de género, nomeadamente que jovens transgénero possam escolher (na escola) a casa de banho em que se sintam mais confortáveis. Daniel Oliveira deparou-se com um post polémico de João Gonçalves Pereira, deputado e presidente da distrital de Lisboa do CDS: “O país não se pode rever nesta política dita moderna: ‘antifamília’”, escreve o deputado, ilustrando o parecer com uma imagem de anime que Oliveira considera pornografia infantil. Facilidades em perspetiva? Nenhumas.
Também num artigo de opinião, Monica Verbeek e Gonçalo Carvalho esperam que os chefes de Estado do G7 que se reúnem de 24 a 26 de agosto em Biarritz sejam “visionários na necessidade de proteger o nosso planeta e na luta contra a desigualdade”. “O G7, com a presidência francesa, pode assumir um papel de liderança para acabar com a sobrepesca até 2020 e assegurar a implementação de uma rede coerente de Áreas Marinhas Protegidas eficazes e bem geridas.” — Facilidades em perspetiva? Nenhumas.
Vamos até ao Brasil: “Quando o céu paulista ficou debaixo de cinzas, as gentes de São Paulo estranharam. Eram três da tarde e estava de noite”, escreve Hugo Tavares da Silva. “Todo o mundo comentava, em tom de brincadeira, que era o apocalipse”, diz uma jornalista brasileira. A causa era o que se passava a 3000 quilómetros dali: os 72.843 incêndios registados na Amazónia durante este ano (até 19 de agosto) são já um recorde. O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que anda pelo G7, revelou na fase inicial desta história que se tratava apenas de queimadas e até foi irónico: “Antes chamavam-me capitão motosserra, agora estou sendo acusado de tocar fogo na Amazónia. Nero! É o Nero tocando fogo na Amazónia. É a época das queimadas por lá.” Facilidades em perspetiva? Nenhumas.
Mantendo o tema na negação, Hélder Gomes conta que se registou uma explosão, no passado dia 8, numa base militar na região de Arkhangelsk, no noroeste da Rússia. Segundo dados oficiais, cinco engenheiros nucleares morreram e seis outras pessoas ficaram feridas. Uma semana depois, o serviço meteorológico Rosgidromet revelou que os níveis de radiação estavam 16 vezes acima do normal em Severodvinsk, uma cidade a menos de 50 quilómetros da localidade de Nyonoksa, onde terá ocorrido a explosão. Mas, de acordo com o Kremlin, a radiação emitida não foi suficientemente forte para provocar problemas de saúde. Facilidades em perspetiva? Nenhumas.
A Revista do Expresso publica este sábado uma grande entrevista ao primeiro-ministro. O Expresso Diário revela um pouco do que disse António Costa a David Dinis e a Vítor Matos. E esta newsletter revela um pouco desse pouco — uma frase que parece um trava-línguas: “Vou analisar o parecer e, se concordar homologo, se não concordar não homologo... ou não.” — Facilidades em perspetiva? Nenhumas.
Para salvar o tom negro do dia, João Silvestre fez um levantamento a partir da base de dados do Fundo Monetário Internacional e descobriu que “neste momento há sete economias – Bangladesh, Butão, China, Egito, Índia, Paquistão e Tanzânia – que levam 39 anos consecutivos de crescimento. E se as atuais previsões, que vão até 2024, se confirmarem, podem chegar aos 45 anos seguidos de crescimento”. Até que enfim: facilidades em perspetiva.