Viva, bem-vindo ao Expresso SER. Hoje vamos conversar com Isabel Ucha, presidente da Bolsa de Lisboa que nos recebeu nos escritórios da Euronext Lisbon para explicar o que vai mudar para as empresas com o novo pacote da Comissão Europeia sobre Finanças Sustentáveis. Também vamos olhar para a pegada carbónica da Jornada Mundial da Juventude e para o que de melhor têm feito as empresas portuguesas para preservar a nossa “Casa Comum”, como lhe chamou o Papa Francisco. Vamos ainda ouvir música e beber uma imperial nos festivais de Verão e dar um salto até Setúbal, onde participámos em mais um Acelerador de Sustentabilidade. Vamos acelerar que não há tempo a perder.
Avalanche regulatória na sustentabilidade
A Comissão Europeia avançou com um novo pacote sobre Finanças Sustentáveis com o objetivo de harmonizar as regras e obrigar as empresas a serem mais transparentes na comunicação dos temas de sustentabilidade. Aos novos regulamentos e diretivas de reporte de informação não financeira já existentes, a Comissão Europeia vem agora juntar uma série de novas regras sobre taxonomia, sobre “transição financeira” e ainda sobre os ratings ESG que vão passar a ser mais transparentes, e as empresas que os fazem vão ser obrigadas a registarem-se na ESMA (Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados).
Isabel Ucha, presidente da Euronext Lisbon, recebeu o Expresso SER na sede da bolsa de Lisboa onde nos explicou, uma a uma, as novas propostas e os impactos que elas vão ter na vida das empresas. “O objetivo é harmonizar, ou seja, aquilo que é ‘verde’ para quem investe tem de ser ‘verde’ para quem está a vender uma obrigação ou uma ação”, explica Isabel Ucha. Neste link vai encontrar todas as regras explicadas ao detalhe.
Desengane-se quem pense que a presidente da Bolsa de Lisboa apoia incondicionalmente estas novas regras propostas por Ursula von der Leyen. Neste outro artigo,a presidente da Euronext Lisbon fala sobre as dificuldades que muitas empresas estão a sentir, e que vão sentir ainda mais a partir do próximo ano, para cumprir “esta avalanche” de novas exigências. O novo quadro regulatório é “muito extenso, muito complexo e muito exigente do ponto de vista do compliance e da capacidade de digestão das empresas”.
“O que se pretende é que as empresas transitem para uma utilização de recursos sustentáveis, para a redução de carbono. O objetivo não é produzir um relatório de 500 páginas que depois ninguém vai ler e ninguém percebe. As empresas não conseguem acompanhar esta avalanche regulatória”, desabafa a presidente da Bolsa de Lisboa (na foto, em baixo).
O impacto da Jornada Mundial da Juventude no ambiente
O que aconteceu de revelante para o meio ambiente em 2015? Muitos dir-me-ão, com razão, que 2015 foi o ano do Acordo de Paris. Foi nessa conferência que muitos governos acordaram em manter o aumento da temperatura média mundial bem abaixo dos 2 °C em relação aos níveis pré-industriais e em envidar esforços para limitar o aumento a 1,5 °C.
Mas 2015 também foi o ano da Laudato si', a encíclica do Papa Francisco na qual o chefe da Igreja Católica critica os indivíduos “que acabam por sucumbir a um consumismo sem ética nem sentido social e ambiental”, o que faz com que “esta terra onde vivemos se torne realmente menos rica e bela, cada vez mais limitada e cinzenta”. No primeiro capítulo desta encíclica, o Papa Francisco fez um apelo para que a humanidade consiga travar a degradação ambiental e as alterações climáticas e fez um levantamento exaustivo daquilo que está a acontecer à “nossa casa comum”. Falou da poluição e das mudanças climáticas, do tema da água, da perda da biodiversidade, da fraqueza das reações e da deterioração da qualidade de vida humana.
Foi inspirado na Laudato si' que o Comité Organizador Local da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), as câmaras de Lisboa e de Loures e diversas entidades subscreveram uma carta onde se comprometeram a “fazer da sustentabilidade um objetivo central da concretização da JMJ Lisboa 2023”. A organização promete uma série de ações para promover a sustentabilidade ambiental do evento, desde uma calculadora da pegada ecológica à promoção de ações de compensação que contribuam para o cálculo final dessa pegada.
Este evento, pela dimensão, terá um impacto brutal a nível ambiental: são milhares de viagens de avião, sete mil autocarros a circular na capital e arredores, automóveis, táxis e TVDE, fast food, lenços de papel, muito lixo e milhares de garrafas de água para saciar a sede de um verão que promete ser quente.
Se dúvidas houvesse sobre a pegada carbónica deste evento, é a própria organização que alerta os peregrinos para o impacto enorme das suas viagens de avião. O Expresso SER teve acesso ao “Manual da Pegada de Carbono” do evento onde se lê que, por exemplo, “uma viagem de avião de ida e volta entre Atenas e Lisboa gera 1746 kgCO2e”. Esta pegada de carbono corresponde a:
~ 55 anos de banhos diários
~ 1/2 ano de dieta omnívora
~ 20 iPhone 12 Pro Max
Para anular esta pegada, numa lógica de compensação e já depois do evento, a organização recomenda aos peregrinos:
1) Realizar a viagem casa-trabalho de comboio ao invés de carro pessoal durante 2 anos, para um percurso de 10km;
2) Responder ao desafio de ser vegetariano durante um ano;
3) E apoiar programas de conservação de árvores durante um ano, correspondente a 65 árvores.
Durante o evento, a organização vai disponibilizar aos peregrinos, na aplicação “App JMJ Lisboa 2023”, uma calculadora para que possam simular a sua pegada ecológica. Numa resposta enviada ao Expresso SER, Ricardo Neto, presidente da Novo Verde e ERP Portugal, as entidades responsáveis por esta ferramenta, revela que a calculadora da pegada carbónica “tem por base a análise dos seguintes indicadores: viagem; estadia; mobilidade interna e outros recursos. Os peregrinos inscritos (voluntários, ou seja, peregrinos que estão no ativo), clero e media, terão acesso à aplicação da JMJ onde está alojada a calculadora”.
Só que, isto é pouco. Um gadge eletrónico faz o diagnóstico, não a cura. Findo o evento, a organização deveria fazer o levantamento do impacto que a JMJ teve no ambiente e na cidade e explicar, de forma detalhada, que ações de prevenção fizeram e que ações de compensação promoveram para minimizar a gigantesca pegada carbónica. Como escreveu o Papa Francisco, na tal encíclica de 2015, “buscar apenas um remédio técnico para cada problema ambiental que aparece é, na realidade, esconder os problemas verdadeiros e mais profundos do sistema mundial”.
SUSTENTÁVEL
Fertiberia vende adubo verde à Marks & Spencer
É um negócio importante para a descarbonização do setor agroalimentar. O Grupo Fertiberia, do qual faz parte a empresa portuguesa ADP, forneceu à Marks & Spencer (M&S) fertilizantes verdes Impact Zero, com o objetivo de reduzir a pegada de carbono das 27 explorações leiteiras que a cadeia britânica possui em Inglaterra e no País de Gales. A M&S é uma empresa de retalho que oferece produtos alimentares, vestuário e artigos para a casa.
A gama Impact Zero que a M&S irá utilizar “melhora a eficiência da utilização do azoto em 22% em relação aos fertilizantes convencionais, o que leva à diminuição da quantidade de produto utilizado, bem como das perdas por lixiviação”. Além disso, garante a empresa, “o seu verdadeiro valor diferencial vem da forma única como é fabricado, uma vez que utiliza hidrogénio verde em vez de gás natural, o que leva à redução de até três toneladas de emissões de CO2 por tonelada de amoníaco”.
Wallapop poupa 510 mil toneladas de CO2
A Wallapop é uma plataforma que permite comprar e vender produtos usados e está presente em Espanha, Itália e Portugal. A empresa fez um estudo para calcular o valor que os consumidores pouparam em 2022 com as compras feitas na sua plataforma em Portugal, Espanha e Itália e chegou a este número: 510.535 toneladas de emissões de CO2. Este valor, segundo a empresa, é equivalente a oito viagens de ida e volta ao Sol de carro. A poupança é conseguida com a compra de artigos reutilizados que evitam assim a fabricação de um novo e a colocação de outro no lixo.
França reembolsa quem remenda em vez de comprar
Todos os anos, são vendidos 10,5 quilos de roupa, calçado e têxteis per capita em França. 700 mil toneladas dessas compras acabam no lixo. Para combater o desperdício têxtil, o governo francês anunciou um novo programa que vai dar incentivos financeiros a quem optar por remendar roupa e sapatos. Pode ler aqui os detalhes desta medida.
Dívida “verde” da CGD financia casas eficientes
A Caixa Geral de Depósitos anunciou que fez duas emissões de dívida verde, que totalizaram 800 milhões de euros, e que permitiram financiar 6742 imóveis "energeticamente mais eficientes", em particular com certificados energéticos de A+, A e B. O banco público acrescenta que este financiamento sustentável a projetos ambientalmente responsáveis "contribuiu para a redução da sua pegada carbónica", evitando a emissão de cerca de duas mil toneladas de dióxido de carbono por ano, "o equivalente às emissões sequestradas anualmente por cerca de 93 mil árvores".
Subsídios para painéis solares e troca de janelas
O ministro do Ambiente anunciou esta terça-feira a abertura de uma nova janela de candidaturas aos apoios para a eficiência energética nos edifícios. Serão 30 milhões de euros para candidaturas a submeter até 31 de outubro, segundo revelou no Parlamento o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro.
Sofitel Lisbon recebe o “green key”
O hotel de cinco estrelas Sofitel Lisbon Liberdade, na Avenida da Liberdade, em Lisboa, do grupo Accor, foi distinguido pela Foundation for Environmental Education com o galardão internacional Green Key, que reconhece os estabelecimentos turísticos que promovem boas práticas ambientais, económicas e sociais.
Os três vencedores da ClimateLaunchpad 2023
Simby, Santa Farm Technology e build.ing. Uma plataforma de transação, gestão e acompanhamento de “e-waste”, um software de automação que otimiza a produção de agricultura vertical e uma solução para a construção de edifícios mais eficientes são as três ideias vencedoras da final nacional do ClimateLaunchpad 2023. Os vencedores vão representar Portugal na final europeia da maior competição de ideias CleanTech do mundo, que se vai realizar no último trimestre deste ano. A edição portuguesa do ClimateLaunchpad é organizada pelo UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U. Porto, LIPOR e Fórum Oceano/Hub Azul.
Windcredible vence o Clean Future
A Windcredible, startup de micro turbinas eólicas para produzir energia em qualquer lugar, foi o vencedor global e da categoria de Construção da primeira edição do Clean Future, um programa de aceleração para soluções de base tecnológica em CleanTech. Este programa é do Hub Criativo do Beato Living Lab, laboratório-vivo promovido pela Unicorn Factory Lisboa e pela Startup Lisboa.
Hortee e The Carbon Games foram os vencedores das categorias de Retalho e Mobilidade, respetivamente. O programa de aceleração Clean Future foi criado para apoiar a criação e desenvolvimento de soluções tecnológicas que fomentem a sustentabilidade com vista à criação das smart cities, nomeadamente em três áreas-chave: construção, mobilidade e retalho.
131 freguesias recebem bandeira verde
O Eco-Freguesias XXI é um projeto da ONG Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) que visa premiar as freguesias com melhores práticas de sustentabilidade ambiental, socioeconómica e cultural, adotadas ao longo dos últimos dois anos. Nesta 4ª edição participaram 221 freguesias e 131 tiveram direito a uma bandeira verde (freguesias com um índice de sustentabilidade superior a 50%). Destas, 12 freguesias foram reconhecidas com grau ouro (com índice Eco-Freguesias XXI superior a 90%) e 57 com grau prata (com índice Eco-Freguesias XXI entre 70% e 90%). Guimarães foi o município com o maior número de freguesias reconhecidas, com um total de 19 galardoadas com bandeira verde.
MAIS OU MENOS SUSTENTÁVEL
Cimpor aposta no hidrogénio e captura de CO2
Os centros de produção da Cimpor em Alhandra e Souselas aparecem no top 10 das maiores poluidoras em Portugal. O diretor de Inovação & Sustentabilidade da Cimpor explicou ao Expresso SER que a captura de CO2 e o hidrogénio são soluções incontornáveis para a indústria reduzir a pegada carbónica. A empresa de cimentos promete investir 150 milhões de euros até 2030 na redução gradual das suas emissões poluentes.
Pacto entre centros comerciais
A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) promoveu a assinatura de um Pacto para a Sustentabilidade subscrito pelos associados e operadores do setor, que incorpora o compromisso de integrarem práticas sustentáveis em todos os aspetos das operações dos centros comerciais. O Pacto é constituído por 10 compromissos, 21 medidas e 26 metas. Uma das metas, por exemplo, é a de reduzir em 40% o balanço das emissões de CO2, de âmbito 1 e 2, até 2030.
Lisboa recolhe cápsulas de café
A iniciativa de recolha e reciclagem de cápsulas chegou a Lisboa e visa disponibilizar aos consumidores um sistema de proximidade para deposição nos ecocentros móveis. Neste artigo pode ler-se que pelo menos 150 milhões de cápsulas de café são consumidas em Portugal por mês, segundo as contas da Associação Industrial e Comercial do Café.
Lactalis cria comunidade de energia
O Grupo Lactalis anunciou um acordo com a Greenvolt Comunidades, empresa do grupo Greenvolt, para a criação de uma nova comunidade de energia. Depois do Entreposto Logístico de Perafita, será instalada uma Unidade de Produção para Autoconsumo Coletivo de 1 MW na fábrica da Parmalat, na Landeira. A energia limpa será utilizada para autoconsumo, permitindo a redução da dependência da rede elétrica em cerca de 20%. A produção em excesso será partilhada com empresas e famílias num raio de até 4 km.
Bruxelas financia hidrogénio da EDP
Duas iniciativas da EDP para produzir hidrogénio verde foram selecionadas pela Comissão Europeia para receberem financiamento dos Fundos de Inovação da União Europeia: o projeto GreenH2Atlantic, a desenvolver em Sines, e o plano Asturias H2 Valley, em Espanha.
Leilão de biometano e hidrogénio verde
A Direção-Geral de Energia e Geologia colocou em consulta pública (até ao final deste mês) as regras para o primeiro leilão de biometano e hidrogénio verde no país. Só depois dessa auscultação é que o Governo avançará com o leilão de gases renováveis, uma iniciativa que era aguardada com expectativa por várias empresas de energia, dado que ajudará os promotores de projetos de biometano e hidrogénio verde a escoar parte da sua energia para a rede de distribuição e de transporte de gás natural.
Festivais de verão mais sustentáveis
A Heineken foi a cerveja oficial do NOS Alive e colocou em prática o seu programa de sustentabilidade Brew a Better World. A empresa diz que, em parceria com a EDP Comercial, instalou este ano 119 painéis solares nos bares Heineken. Estes painéis produziram 2002 kWh de energia renovável, o que permitiu que o serviço de 43% das cervejas de pressão, consumidas durante o festival, fosse realizado com base nessa energia.
Santander dá 1000 bolsas de formação
O Banco Santander lançou a segunda edição das Bolsas Santander | Skills for the Green Transition 2023, em conjunto com a Cambridge Judge Business School. As candidaturas estão abertas até 22 de julho. No total, são 1000 bolsas para estudantes, graduados e profissionais de 11 países, incluindo Portugal, que queiram participar na criação e na aplicação prática de iniciativas sustentáveis nas organizações a que pertencem, ou que estejam a considerar direcionar a sua carreira para a área da sustentabilidade.
Proteger tubarões, raias e quimeras
O Governo português avançou com a criação de um grupo de trabalho para a elaboração de um Plano de Ação Nacional para a gestão e conservação de tubarões, raias e quimeras. “Os peixes cartilagíneos, que incluem tubarões, raias e quimeras, têm um papel muito importante para a manutenção de ecossistemas marinhos saudáveis”, assume o despacho.
INSUSTENTÁVEL
Temos pouca economia circular
O Tribunal de Contas Europeu analisou a taxa de circularidade nos países da União Europeia e chegou à conclusão que os 27 têm reintroduzido poucos materiais reciclados na economia. No ranking europeu, Portugal aparece como o quarto pior, com uma taxa de circularidade de apenas 2,5%. O Países Baixos são os mais avançados com 33,8%.
Borla fiscal às companhias aéreas
Portugal perdeu 1,2 mil milhões de euros em receitas fiscais por "subtributação" das companhias aéreas em 2022, segundo um estudo divulgado pela organização ambientalista Zero, que defende que se aplique ao setor o princípio do poluidor-pagador. A "borla fiscal" à aviação em Portugal, refere a Zero, faz com que as receitas efetivamente cobradas (através da taxa de carbono de dois euros por bilhete, por exemplo) no país representem "apenas 10% do que deveriam representar".
Junho mais quente de sempre
O planeta registou o seu junho mais quente desde que há registos, superando a marca anterior em 0,13 graus Celsius, com os oceanos a atingirem temperaturas recorde pelo terceiro mês consecutivo. O anúncio foi feito pela agência norte-americana para a Atmosfera e os Oceanos. Os 16,55 ºC de média global verificados em junho estiveram 1,05 ºC acima da média do século XX.
Água do mar mais quente
O oceanógrafo físico Nuno Vaz explica, ao Expresso, que as elevadas temperaturas da água do mar podem ser justificadas por dois fatores: o aumento da temperatura do ar e um enfraquecimento da nortada. Além disso, nota o especialista, há o El Niño que “tem possibilidades de ser muito forte” e “pode haver um efeito em Portugal” deste fenómeno.
Ruas inacessíveis para pessoas com deficiência
Neste episódio do podcast Expresso Imobiliário, Maribela Freitas conversa com Joana Gorgueira, responsável pela área das acessibilidades na Associação Salvador. Joana Gorgueira revela que “em Portugal não existe uma rua totalmente acessível que proporcione autonomia completa a uma pessoa com deficiência”. “Ou a passadeira não está rebaixada à cota zero, não tem piso confortável, ou a calçada não tem manutenção, ou a entrada do edifício tem um degrau à entrada, ou uma escadaria”, desabafa.
5,3 mil milhões de telemóveis sem uso
A NOS juntou-se a 11 operadoras de telecomunicações a nível mundial para firmar um pacto para incentivar a retoma e a reutilização dos telemóveis velhos e impedir que possam ir para o lixo ou para a incineração. Ao Expresso SER, Maria João Carrapato, diretora de Relação com Investidores & Sustentabilidade da NOS (na foto, em baixo), afirma que “à semelhança do que já acontece na indústria automóvel, é necessário que o mercado de usados cresça”. Aumentar a vida útil dos telemóveis em apenas um ano equivaleria a retirar 4,7 milhões de carros de circulação.
VAI ACONTECER
É hoje o Prémio Gulbenkian para a Humanidade
A Fundação Calouste Gulbenkian entrega hoje o Prémio Gulbenkian para a Humanidade, no valor de 1 milhão de euros, numa cerimónia que se vai realizar às 18h30, no Grande Auditório da Fundação. Na cerimónia estarão presentes António Feijó, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, Angela Merkel, Presidente do Júri do Prémio, bem como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Este prémio distingue as pessoas ou organizações de todo o mundo cujo trabalho tem contribuído para mitigar o impacto das alterações climáticas. Esta é a quarta edição do Prémio. Em 2020 foi atribuído pela primeira vez à jovem ativista sueca Greta Thunberg.
Conferência ODSlocal
No próximo dia 3 de novembro realiza-se a 4ª Conferência ODSlocal. A Plataforma ODSlocal celebra mais um ano de existência com a Conferência Anual ODSlocal, que já é uma das suas marcas de sucesso. Este ano será em Viana do Castelo. Haverá também transmissão online. Durante o evento, serão entregues os Prémios ODSlocal e os Selos ODSlocal.
ACONTECEU
Descarbonizar através da tecnologia
Mobilidade, energia e saúde foram três áreas em foco no painel principal do evento que decorreu na Fundação Champalimaud sobre o papel da tecnologia no caminho para a sustentabilidade. O ministro da Economia e do Mar, que marcou presença nesta conferência “Portugal 5.0 – Accelerate Digital Transformation”, disse que o país está “a mudar de paradigma” e a atrair cada vez mais centros de inovação internacionais. A conferência foi organizada pela Siemens.
Acelerador de Sustentabilidade em Setúbal
O BPI e o Expresso reuniram no passado dia 13 de julho cerca de meia centena de gestores e empresários, na Herdade do Perú (Brejos de Azeitão, concelho de Setúbal), para abordar estratégias e soluções de financiamento sustentável, em particular no setor da energia. Neste Acelerador de Sustentabilidade, onde o Expresso SER marcou presença, João Pedro Oliveira e Costa, CEO do BPI (na foto), abriu o evento a dizer que “Portugal está numa situação ímpar”. Além dos bons números da economia, tem sol, vento, mar, hidrogénio, solar, eólicas, tudo ingredientes que permitem às empresas acelerar a transição. Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa (proprietária do Expresso), concorda que não podemos parar de “carregar o pé no acelerador da sustentabilidade”, “não porque fica bem, mas porque é bom para o negócio e para o planeta”.
Por hoje é tudo. A newsletter do Expresso SER vai de férias em agosto e regressa em setembro, com forças redobradas para aplaudir os bons exemplos e apontar o dedo às más práticas ESG. Até lá pode continuar a acompanhar-nos no site do Expresso SER. Porque não basta parecer, é preciso SER. Se quiser falar connosco mande-nos uma mensagem para expressoser@expresso.impresa.pt.