Viva, bom dia. Hoje o prato forte do Expresso SER são os concursos públicos em Portugal que continuam a ignorar os critérios de sustentabilidade e só olham para o preço mais baixo. Também vamos olhar para o contributo da economia social para o cumprimento dos ODS, e vamos ainda conhecer o Social Leapfrog, um programa da Nova SBE que já ajudou 25 organizações sociais a serem financeiramente mais sustentáveis. Nas nossas rúbricas habituais do “Sustentável” e do “Insustentável” vamos falar do fim anunciado dos incentivos à compra de carros elétricos em Portugal, vamos ver a primeira aparição da marca chinesa de elétricos BYD no mercado nacional e ainda vamos mostrar um novo serviço de renting de e-bikes para as empresas. Vamos começar a pedalar.
Acelerador de Sustentabilidade em Braga
O Acelerador de Sustentabilidade é um projeto do BPI e do Expresso, que percorre o país de lés a lés, e visa ajudar as empresas a atingirem os seus objetivos em matéria de sustentabilidade. Na semana passada estivemos em Braga e sentámo-nos à mesa com vários empresários daquela região (ver foto em baixo), que nos relataram as dificuldades que sentem no dia a dia para fazer este caminho de transição rumo à sustentabilidade.
Num brainstorming com jornalistas do Expresso, estes empresários deixaram várias sugestões válidas. Apontei uma delas: por que não avançar no próximo Orçamento do Estado com um crédito fiscal à sustentabilidade, tal como já existe o SIFIDE (Sistema de Incentivos fiscais à Investigação e Desenvolvimento Empresarial) para temas da inovação? Fica a sugestão ao cuidado do ministro das Finanças.
Também apontei uma reclamação. Alguns empresários queixaram-se dos concursos públicos para empreitadas e projetos que valorizam apenas o critério preço em detrimento dos critérios da sustentabilidade, o que origina uma situação de concorrência desleal face a empresas de países que não estão minimamente preocupados com este tema.
Sintra e Almada são dois bons exemplos
A este propósito, convido-vos a ler a entrevista, que vamos publicar ainda esta semana no Expresso SER, ao Philippe Infante (na foto, em baixo), que é o diretor geral da JCDecaux em Portugal. A JCDecaux é uma das maiores empresas do mundo deste setor de publicidade e o negócio passa basicamente por instalar mobiliário urbanos nas cidades, como abrigos e paragens de autocarros e, em contrapartida, ganham espaço para fazer publicidade através de mupis e painéis eletrónicos.
Philippe Infante, que em Portugal já presta serviços junto de 92 municípios, deixa uma crítica aos presidentes de câmara: diz que noutros países os concursos públicos já valorizam os critérios ambientais e de sustentabilidade, mas em Portugal o único critério continua a ser o “dinheiro, o dinheiro e o dinheiro”. Mas deu-nos o exemplo de duas exceções.
A Câmara de Sintra lançou um concurso onde o critério ambiental tem o peso de 5%. Neste critério sustentável são feitas exigências a nível de energia solar fotovoltaica no caso dos abrigos, mupis e sanitários disponibilizados. No caso concreto dos sanitários valoriza-se, além da energia fotovoltaica, a utilização de materiais reciclados ou com origem certificada, torneiras com rótulo ecológico ou certificação ANQIP e, ainda, o reaproveitamento de água do lavatório para descarga.
Já no recente concurso público para a exploração do mobiliário urbano lançado pela Câmara Municipal de Almada premeia-se, com um peso de 60%, a qualidade da solução técnica apresentada. Este parâmetro incluí vários subfactores entre os quais a sustentabilidade, que tem como principal foco a implementação de medidas de eficiência energética.
Dois bons exemplos, ao cuidado dos restantes presidentes de câmara.
O papel da economia social
Por cada 1 euro de riqueza criada no país, três cêntimos vêm da economia social, ou seja, do papel que as cooperativas, associações mutualistas, misericórdias, fundações, IPSS e associações com fins altruísticos desempenham na economia. Os números da Conta Satélite da Economia Social do INE revelam que as atividades desenvolvidas por estas organizações sociais pesam 3% no valor acrescentado bruto da economia e 2,7% no produto interno bruto (PIB) português, sendo ainda responsáveis por 6,1% do total do emprego remunerado.
Neste artigo, mostramos quais dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) das Nações Unidas são os mais perseguidos pelas organizações sociais em Portugal. E neste outro, apresentamos o Social Leapfrog que é um programa da Nova SBE que já ajudou 25 organizações sociais a ser financeiramente mais sustentáveis, e que já vai na quarta edição. O Expresso SER esteve à conversa com a Talita Feliciano (na foto, em baixo) que é a coordenadora deste projeto, que funciona como uma aceleradora de organizações sociais que querem ser híbridas, ou seja, têm uma missão social mas, também, querem ter lucro para impactar mais.
A Alzheimer Portugal que resolveu duplicar a capacidade da Casa do Alecrim, a Associação Pão a Pão que, além do restaurante de comida do Médio Oriente, também resolveu lançar uma escola, e a CECD que trabalha com pessoas com deficiência intelectual e tinha um problema de liderança, são algumas das organizações sociais que já passaram por este programa, que tem como missão colocar esta instituições a dar dinheiro para que possam chegar a um maior número de pessoas.
Republicanos contra o ESG nos EUA
Nos últimos meses tem despontado nos EUA um movimento anti-ESG, sobretudo da parte da direita mais conservadora, que defende que estas práticas sustentáveis e socialmente responsáveis estão a interferir na capacidade das empresas de gerar lucro. De acordo com a Reuters, um grupo de 17 procuradores gerais republicanos nos EUA acusaram na semana passada a BlackRock de “ativismo ambiental” e pediram aos reguladores do setor da energia para rever a participação do fundo de Larry Fink nas utilities.
Entretanto, o governador republicano da Florida, Ron DeSantis (que entrou esta semana na corrida à Casa Branca), acaba de assinar uma lei que impede os colégios públicos e as universidades de investir em programas de diversidade, igualdade e inclusão social.
Em plena batalha política com este governador republicano Ron DeSantis, a Walt Disney Company anunciou que já não vai construir um centro de acolhimento para os seus trabalhadores, perto do seu parque de atrações de Orlando, Florida (ver foto, em baixo). Os republicanos locais consideram a empresa demasiado progressista, depois de os seus dirigentes terem criticado em público, em 2022, um projeto de lei que restringia o ensino de assuntos ligados à orientação sexual e à identidade de género nas escolas primárias da Florida.
O IRA de Joe Biden. Se do lado republicano muitos torcem o nariz ao ESG e ao combate às alterações climáticas, do lado democrata Joe Biden surpreendeu o mundo quando no ano passado desvendou o Inflation Reduction Act of 2022 (IRA), um megapacote de quase 400 mil milhões de dólares para subsidiar e acelerar a transição energética.
A este propósito, vale a pena ler esta entrevista que o Expresso SER fez ao responsável da Deloitte pela área da sustentabilidade. Afonso Arnaldo elogiou esta Lei de Redução da Inflação, de Joe Biden, e deixou algumas críticas à abordagem europeia às alterações climáticas: “EUA estão a investir nas alterações climáticas e a Europa está a apostar mais na penalização e regulação”.
SUSTENTÁVEL
Renting de e-bikes para empresas
A Arval Portugal acaba de lançar um serviço de mobilidade sustentável para empresas: o renting de e-bikes. As empresas podem ainda beneficiar da manutenção, troca de pneus, seguro e assistência 24 horas. A Arval é especializada em financiamento e gestão de frotas automóveis e é detida pelo banco BNP Paribas.
Nestum oferece abelhas-rainha
A Nestum anunciou que vai oferecer este ano mais 300 núcleos de abelhas-rainha a mais de cem apicultores de todo o país, através da iniciativa “Juntos Pelas Abelhas”. Esta é já a terceira edição, que somada às anteriores, totaliza 1000 núcleos de abelhas-rainha oferecidos a apicultores, com o objetivo de contribuir para a reposição de abelhas em território nacional, visando compensar as perdas de colmeias registadas nos incêndios florestais.
Portugal aposta nas eólicas offshore
Portugal tem um dos mais ambiciosos planos da Europa para as eólicas no mar. O plano do Governo português é instalar 10 gigawatts (GW). Se toda essa potência for instalada, estaremos a falar de 35 terawatts hora (TWh) por ano de produção, cerca de 75% do consumo elétrico nacional atual. A tecnologia ainda não está madura, mas o Governo está determinado em avançar. Se quiser saber mais sobre este tema, leia aqui este trabalho do jornalista Miguel Prado e do Jaime Figueiredo.
Manifesto pede “serviço público de renováveis”
Mais de uma centena de ativistas, investigadores e sindicalistas defende a criação de “um sistema de energias renovável de propriedade pública”, para travar a crise climática e enfrentar problemas de natureza social. Veja aqui o manifesto.
Maior parque eólico da EDPR
Já estão em funcionamento no parque eólico de Alta da Coutada mais seis aerogeradores que deverão aumentar em 12% a produção anual do complexo eólico da EDP Renováveis na Serra da Padrela, nos concelhos de Vila Pouca de Aguiar e Valpaços, no distrito de Vila Real. Estima-se que o parque passe a produzir mais de 420 GWh de energia renovável por ano, o suficiente para fornecer cerca de 130 mil casas com eletricidade produzida sem emissões de carbono.
Powerdot investe em França
A Powerdot, uma empresa portuguesa que já tem 1200 postos de carregamento de veículos elétricos em França, anunciou que pretende investir 140 milhões de euros no mercado francês até 2025. Este investimento resultará na instalação de mais de 8000 novos pontos de carregamento por todo o país, em supermercados, centros comerciais, lojas especializadas, hotéis, restaurantes e espaços empresariais, com foco em carregadores rápidos e ultrarrápidos.
MAIS OU MENOS SUSTENTÁVEL
3,4 mil milhões para a mobilidade
O novo quadro comunitário “Portugal 2030” conta com 3,4 mil milhões de euros para apoiar investimentos na mobilidade urbana sustentável e nas redes de transportes. A maioria dos apoios virá do Sustentável 2030 (€2707 milhões), o programa para modernizar e descarbonizar o sector dos transportes que, dominado pelo tráfego rodoviário, é dos maiores emissores de gases com efeito de estufa.
Opinião: A origem do ESG
Neste artigo de opinião, João Safara, administrador do ISQ, fala-nos sobre a origem do ESG cujos primórdios remontam ao Livro “Silent Spring”, da cientista e ecologista Rachel Carson, editado em 1962 nos EUA. João Safara conclui que as atuais gerações Z ou Y olham para o ESG como um propósito “e todos os gestores e decisores que não compreendam isso estão a pôr seriamente os seus ativos e investimentos em risco”.
Acionistas ativistas levam ESG às AG
Shell, Toyota e a Berkshire Hathaway do multimilionário Warren Buffett são algumas das grandes empresas que estão a ser alvo dos “investidores verdes”, que tentam trazer para dentro das assembleias gerais (AG) uma agenda climática mais sustentável e alinhada com as melhores práticas ESG. Mas nem sempre estes investidores são bem sucedidos.
Fim do incentivo à compra de carros elétricos
O incentivo à compra de automóvel elétrico, que este ano chegou aos 5,2 milhões de euros, já não deverá fazer parte do próximo Orçamento do Estado. O Governo pretende substituir este incentivo por medidas que permitam uma redução dos custos de carregamento. A revelação foi feita pelo secretário de Estado da Mobilidade Urbana numa entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios.
BYD faz a primeira aparição a Portugal
O maior fabricante chinês de veículos elétricos já está em Portugal, tendo escolhido a Salvador Caetano para o negócio da distribuição nacional da BYD (Build Your Dreams). A primeira aparição pública em Portugal aconteceu no ECAR SHOW – Salão do Automóvel Híbrido e Elétrico, um evento que decorreu entre 12 e 14 de maio, na FIL. Neste evento, a BYD trouxe os três modelos 100% elétricos que serão comercializados em Portugal: o BYD ATTO 3, o BYD TANG e o BYD HAN.
Biond integra coligação europeia
A Biond – Associação das Bioindústrias de Base Florestal (através da CEPI, Confederação Europeia das Indústrias de Papel) juntou-se à coligação europeia “Circular Choices”. Trata-se de um grupo de 14 associações transetoriais da União Europeia, que inclui fabricantes de produtos à base de madeira, produtos de papel, cartão e embalagens à base de fibras e soluções de energia renovável. O objetivo desta coligação é apresentar aos decisores políticos uma visão comum com vista à transição para uma bioeconomia circular.
INSUSTENTÁVEL
Vamos atingir os 1,5 graus em 2027
O alerta é da Organização Meteorológica Mundial, uma agência especializada das Nações Unidas, que prevê que o aumento da temperatura média anual do planeta chegue aos 1,5 graus Celsius acima dos valores anteriores à Revolução industrial nos próximos cinco anos. A chegada aos 1,5 graus, – que os países tentaram evitar quando subscreveram o Acordo de Paris, – deverá ser temporária, mas transportará a humanidade para um território desconhecido em termos de consequências do aquecimento.
Burnout ameaça 50% dos trabalhadores
Cerca de 80% dos profissionais em Portugal apresentam, pelo menos, um sintoma de burnout e metade já tem cumulativamente três sintomas: exaustão, tristeza e irritabilidade. Estão à beira do colapso, segundo um estudo realizado pelo Laboratório Português dos Ambientes de Trabalho Saudáveis. Os trabalhadores da Administração Pública são os que estão em maior risco.
Segurança psicológica nas empresas
“Não nos podemos esquecer que o salário emocional, onde fazem parte a progressão de carreira, o equilíbrio entre a profissão e a família e a flexibilidade, contribui para uma maior segurança psicológica”. Neste artigo de opinião no Expresso, a diretora-geral da Adecco reflete sobre o papel das lideranças e das chefias neste tema da segurança psicológica.
Mitigação de stress dos colaboradores
As organizações que disponibilizam uma oferta mais alargada de benefícios extrassalariais registam uma maior satisfação das suas pessoas, sendo o stress dos colaboradores apontado como fator crítico para a atração e retenção de talento. A conclusão é de um estudo da Mercer Marsh Benefits, que analisou respostas de mais de 17.500 colaboradores de 16 setores a nível mundial para identificar as principais prioridades dos colaboradores na área de saúde e bem-estar.
ACONTECEU
Deficiência no mercado de trabalho
A Multitempo by JobandTalent realizou ontem um webinar com a participação da formadora para a diversidade e inclusão, Catarina Oliveira. O objetivo foi desmistificar e desconstruir preconceitos e construir ambientes mais inclusivos, diversos e equitativos na esfera corporativa e empresarial. Estivemos a assistir ao webinar e nos próximos dias vamos voltar a falar sobre este tema no Expresso SER.
Ambientes de trabalho saudáveis
Por falar em trabalho, o Laboratório Português dos Ambientes de Trabalho Saudáveis (LABPATS) e a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) realizaram a 16 de maio a 1.ª Conferência Internacional de Ambientes de Trabalho e Aprendizagem Saudáveis.
VAI ACONTECER
Litigância climática em debate hoje
A Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa e o Católica Research Centre for The Future of Law irão realizar hoje, entre as 9h00 e as 18h00, uma conferência dedicada às alterações climáticas, na qual especialistas de todo o mundo irão debater as principais novidades e obstáculos no que diz respeito à litigância climática.
APREN discute renováveis oceânicas
A APREN – Associação Portuguesa de Energias Renováveis vai debater hoje, ao longo de todo dia, o potencial das renováveis oceânicas no primeiro evento totalmente dedicado ao tema. O Oceanic Renewables Summit vai acontecer no Museu do Oriente, em Lisboa, e tem já confirmada a presença do Ministro do Ambiente e da Ação Climática, do Ministro das Infraestruturas e do Ministro da Economia e do Mar.
Sustentabilidade e ética no têxtil
A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE), em parceria com a Biblioteca Camões, promove um ciclo de seminários, constituído por cinco sessões mensais, no contexto da partilha e debate dos ODS. O próximo é já no dia 26 de maio, às 18h30, com o tema: “Sustentabilidade Têxtil: questões e desafios para um caminho mais ético e sustentável”.
Mergulhadores limpam Sesimbra
A EDP volta a apoiar a iniciativa de limpeza subaquática na costa de Sesimbra no próximo dia 27 de maio. Promovida pela organização Oceanum Liberandum, esta ação pretende mobilizar centenas de mergulhadores de todo o mundo para mais uma ação alargada de limpeza submarina, à semelhança da que aconteceu na edição de 2022, em que foi possível retirar do mar mais de 3,5 toneladas de lixo que colocam em risco o ecossistema marinho.
Reduzir a poluição dos plásticos
A poluição por plásticos pode ser reduzida em 80% até 2040 se os países e as empresas implementarem mudanças profundas em termos de políticas e no mercado, utilizando as tecnologias existentes, aponta um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. O Comité Intergovernamental de Negociação sobre a Poluição por Plásticos reúne-se em Paris entre 29 de maio e 2 de junho.
Women in ESG no Santander
A debate vai estar o “S” do ESG (sigla inglesa para ambiente, responsabilidade social e governança). É já no dia 31 de maio, a partir das 9h00, no Centro Santander, que o Women in ESG Portugal vai reunir especialistas para discutir e partilhar as boas práticas e os desafios das empresas sobre este tema.
EDP reúne especialistas em Madrid
Alguns dos maiores especialistas mundiais sobre o futuro do planeta e algumas das vozes mais influentes contra as alterações climáticas vão reunir-se no dia 22 de junho no Teatro EDP Gran Vía, em Madrid. Amal Clooney, Adam Grant, Céline Cousteau e Peter Frankopan são algumas das caras conhecidas que vão participar no evento "We Choose Earth".
Conferência Navigator e Expresso
O Florestas.pt, a The Navigator Company e o Expresso vão realizar no próximo dia 28 de junho uma conferência subordinada ao tema “Valorizar as florestas: pelas pessoas e pelo planeta”. O objetivo é sensibilizar a sociedade para a importância das florestas plantadas e como estas contribuem para conservar as florestas naturais, reduzindo a pressão de desflorestação sobre estas áreas.
Por hoje é tudo, daqui a 15 dias estaremos de volta com mais temas, a aplaudir os bons exemplos e a apontar o dedo às más práticas ESG. Porque não basta parecer, é preciso SER. Se quiser falar connosco mande-nos uma mensagem para expressoser@expresso.impresa.pt.