Expresso na Estrada

Os últimos apelos, ajudas para indecisos e um guia para domingo: o Expresso na Estrada chegou ao destino

Boa noite,


Em primeiro lugar queria deixar-lhe um apelo, caro leitor: vote! Escolher quem nos governa é um direito que custou a muitos conquistar, devemos fazer uso dele e escolher o nosso destino coletivo. O voto é a arma da democracia. Use-o.

A partir da meia-noite passaremos a viver num país diferente, mais silencioso, onde se poderá falar de política, mas apenas no recato. Por isso, antes que a lei nos obrigue ao silêncio, aqui lhe vamos deixar as últimas notas desta campanha eleitoral.

Primeiro, como foi o último dia de campanha. Muitas intervenções, arruadas e chuvadas (pode ver aqui um vídeo comparativo das duas do Chiado). Alguns ex-líderes partidários, outros tantos governantes. Pode percorrer aqui o nosso direto, onde os nossos jornalistas foram colocando o que de mais relevante aconteceu ao longo do dia.

Agora os partidos:

PS - Os socialistas quiseram fazer uma prova de força e união no último dia e nem a chuva os demoveu da tradicional descida do Chiado. A chuvada foi o mote para o líder dizer que quando chove, "a direita se esconde", numa metáfora para avisar para os tempos difíceis que podem vir com o cenário internacional incerto. Aqui fica o resumo do último dia de campanha de Pedro Nuno Santos, em que apelou às mulheres, trabalhadores e pensionistas e contou com o apoio de António Costa a alertar para o que considera serem os riscos de ser a AD a acabar de executar o PRR e decidir sobre o novo aeroporto.

Autógrafos, uma chuvada e elogios e alertas de Costa: o último dia de Pedro Nuno antes do seu futuro, de Diogo Cavaleiro e Tiago Miranda


AD - No último dia de campanha de Luís Montenegro, foi a vez de Cavaco Silva e Manuela Ferreira Leite entrarem em cena. O primeiro pediu uma votação “forte” na AD para garantir “estabilidade” e Manuela Ferreira Leite foi fazer elogios ao líder (com comparações omissas ao dizer que não era “sujeito a alterações psicológicas), mas causou polémica ao dizer que a pandemia e a inflação tinham sido uma ”benesse". Montenegro começou o dia a tentar também agarrar o discurso para as mulheres e fechou o a campanha a insistir que do lado do PS há “cultura de divisão” e a responder a quem o critica de dizer “nim”.

Cavaco e Ferreira Leite na reta final de Montenegro, a apelar a votação que dê "estabilidade" (mas com uma frase a irritar o PS), do João Diogo Correia e Rui Duarte Silva


Chega - André Ventura acabou a campanha debaixo de um dilúvio. Insistiu num concerto de fim de campanha à chuva e ao vento e escolheu como alvo final o Presidente da República.

Ventura fecha campanha em dilúvio contra Marcelo: "É inadmissível dizer que um partido nunca governará", do Vítor Matos e José Fernandes


IL - O líder da Iniciativa Liberal terminou a campanha eleitoral como andou nos últimos dias: a tentar afastar a pressão de voto útil que vem da AD. Rocha tinha começado o dia a dizer que o partido quer ser parte da solução “mas com exigência”.

Rocha ataca voto útil e apela: "Honrar os 50 anos do 25 de Abril é votar no país que queremos e não no país que querem ou é útil" - da Liliana Coelho e do Nuno Fox

Bloco de Esquerda - Mariana Mortágua afinou a pontaria para tentar agarrar o voto das mulheres indecisas e dali não saiu. No dia internacional da mulher, a líder bloquista insistiu que há forças políticas que têm uma “forma estranha e que põem em causas muitos dos avanços democráticos”

Da “foto dos amigos” à caminhada das mulheres: BE voltou ao 25 de Abril para dizer que “é possível fazer o que nunca foi feito”, da Cláudia Monarca Almeida


CDU - Paulo Raimundo apostou num fecho diferente e foi para o Porto. O comunista acabou a campanha com a ideia de que nem todos precisam de concordar com tudo o que o partido defende.

CDU fecha campanha com apelo ao voto de quem “não concorda com tudo” e confiante de que irá “crescer”, da Margarida Coutinho e Ana Baião


Livre - O coordenador do Livre aposta que na noite das eleições vai cantar vitória e eleger um grupo parlamentar, mas tem a mira numa maioria de esquerda.

Rui Tavares diz que “ninguém é demasiado pequeno que não possa sonhar em grande” e conta ser “a surpresa” da noite das eleições, da Joana Ascensão


PAN - Inês Sousa Real terminou a campanha a focar-se na mensagem animalista do partido, e, tal como os restantes partidos, no voto das mulheres. Pelo caminho, a líder do PAN voltou a distanciar-se da AD

Mulheres, animais e sem-abrigo: a reta final do PAN na luta pelo grupo parlamentar, da Rita Robalo Rosa

Alguns textos para indecisos (e para a noite eleitoral)

Chegados aqui, entramos em dia de reflexão. Caso tenha ainda o seu voto em aberto, deixo-lhe alguns textos que fomos publicando para ajudar à reflexão: o comparador de programas, com as principais medidas dos partidos em 15 temas diferentes; o Espelho Meu, jogo que permite – de forma mais leve – perceber com que partido e candidato se identifica mais, os grandes temas para que olhámos detalhadamente, o Ministério Sombra, onde pedimos a 16 especialistas que analisassem as propostas eleitorais e o retrato do país em 28 gráficos, para perceber onde estamos melhor e pior e definir as suas próprias prioridades.

Para a noite eleitoral, preparámos já estas cinco ajudas:

Antes da despedida deste “Expresso na estrada”, queria agradecer-lhe a companhia nestas duas semanas. A equipa do Expresso tentou dar-lhe os melhores conteúdos para uma decisão informada. Pode a qualquer momento entrar no separador “Legislativas 2024” do nosso site, onde agregámos todos os artigos que fomos escrevendo nesta campanha.

Chegados aqui, desejamos-lhe bom descanso e um bom fim de semana. No domingo, já sabe: vote e regresse aqui ao Expresso para seguir tudo.

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