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Estamos em época festiva e, para muitos, ano novo é sinónimo de vida nova. A reforma costuma representar um desses momentos, mas nem sempre acontece conforme esperado: quase 43% dos inquiridos num estudo da Universidade Católica admite a possibilidade de trabalhar a tempo parcial após a idade da reforma.
Até 2030, a Comissão Europeia prevê que a idade da aposentação em Portugal atinja os 67 anos, com o impulso de um aumento projetado da esperança média de vida em cerca de oito anos. A maioria dos participantes (51,7%) no trabalho desenvolvido pelo Observatório da Sociedade Portuguesa discorda desta subida.
Vivermos cada vez mais tempo coloca desafios em diversas dimensões. “Estamos a viver aquela que é, talvez, a maior e mais silenciosa revolução das sociedades modernas”, apontou o presidente do Conselho Económico e Social (CES), Luís Pais Antunes, numa conferência organizada este mês para refletir sobre os impactos e oportunidades das sociedades longevas.
O encontro contou com a apresentação de três estudos sobre economia da longevidade, economia do cuidado e esperança média de vida e anos de vida saudável, que deverão estar concluídos até ao final de 2025. A demógrafa Maria João Valente Rosa é responsável pela coordenação científica do projeto, que resulta de uma iniciativa conjunta do CES, do Instituto Politécnico de Bragança e da Fundação Geral da Universidade de Salamanca e conta com o apoio do Conselho Económico e Social de Espanha.
Também para 2025 está prometida uma estratégia do Governo para a longevidade. Por enquanto, sabe-se apenas o que está no Orçamento do Estado: com a colaboração dos especialistas Maria João Guardado Moreira e Paulo Machado, analisamos as medidas previstas e o que tem faltado ao país nas políticas nesta área.
Com o avanço da idade, aumenta a prevalência de doenças neurodegenerativas, como a demência, mas há ainda poucas respostas em termos de terapias eficazes. Uma equipa de investigadores da China identificou 13 proteínas relacionadas com o envelhecimento cerebral em humanos, uma descoberta que deverá ajudar a prevenir estas doenças e a desenvolver respostas mais avançadas.
Nos Estados Unidos, uma nova investigação associou um tipo específico de gordura corporal às proteínas no cérebro que são características da doença de Alzheimer, uma situação que se verificou 20 anos antes do aparecimento dos primeiros sintomas. A conclusão resulta de um estudo com pessoas entre 40 e 50 anos, em que aproximadamente 57,5% eram obesos.
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Feliz ano novo!