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Minuto Consumidor: como reage o corpo humano às ondas de calor?

As ondas de calor têm sido cada vez mais recorrentes e são um desafio ao corpo humano. Sabe que comportamentos preventivos pode ter? Explicamos quais são neste espaço dedicado a responder às dúvidas dos consumidores

As ondas de calor têm sido cada vez mais recorrentes, são uma das consequências do agravamento das alterações climáticas e um desafio ao corpo humano, dado o excesso de temperatura.

Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, considera-se uma onda de calor quando “num intervalo de pelo menos 6 dias consecutivos, a temperatura máxima diária é superior em 5ºC ao valor médio diário no período de referência.”

Ainda assim, o IPMA deixa a ressalva de que o corpo humano pode sofrer consequências de uma onda de calor mesmo num período mais curto de tempo.

Segundo o Instituto, as ondas de calor podem acontecer em qualquer altura do ano, ainda que sejam mais frequentes no verão. E junho é o mês em que as ondas de calor ocorreram com maior frequência em Portugal Continental, segundo os dados disponibilizados pelo IPMA desde 1940.

Um exemplo recente atingiu o Brasil, em março deste ano, quando foi atingido um novo recorde de sensação térmica de 62,3ºC, ou seja, a temperatura aparente sentida pelo corpo humano consoante a humidade e o vento.

Em situações como esta, o corpo humano procura resistir fazendo adaptações fisiológicas. A reação mais rápida do corpo é redistribuição do fluxo sanguíneo em direção à pele, de forma afastar o calor dos órgãos, o que, visivelmente, faz com que a pele fique vermelha.

A segunda reação mais rápida é a transpiração, mas se o ar estiver mesmo muito quente e húmido, esta pode continuar a não ser uma solução eficaz.

Se o corpo humano não se conseguir proteger, a exposição ao calor, pode provocar, segundo o Serviço Nacional de Saúde:

  • Morte prematura;
  • Desidratação grave;
  • Cãibras;
  • Agravamento de doenças crónicas;
  • Insolação ou golpe de calor;
  • Esgotamento por calor.

Os limites do corpo humano para aguentarem altas temperaturas diferem de pessoa para pessoa e os mais frágeis são os idosos, as crianças, as grávidas e os portadores de doenças crónicas.

Segundo um estudo publicado na revista cientifica Nature Medicine, no verão de 2022 – entre 30 de maio e 4 de setembro – as vagas de calor mataram mais de 61 mil pessoas por todo o mundo. Desse total, ainda de acordo com a mesma fonte, 2212 terão sido em Portugal.

Por isso, é muito importante seguir comportamentos preventivos. Segundo o SNS deve, por exemplo:

  • Evitar a exposição direta ao sol nas horas de maior calor (11h – 17h) e optar por ambientes frescos e arejados;
  • Beber água ou sumos naturais com regularidade;
  • Evitar bebidas quentes, alcoólicas ou açucaradas;
  • Fazer refeições leves, optando por comer mais vezes ao dia;
  • Aplicar protetor solar com fator 30, ou superior, de 2 em 2 horas;
  • Usar roupas leves e de cores claras;
  • Evitar atividades que exijam grandes esforços físicos.

O “Minuto Consumidor” é um projeto onde procuramos, todas as semanas, responder às suas dúvidas. Para acompanhar no Expresso Online e na antena da SIC Noticias, com o apoio da DECO PROteste. Saber é poder! Junte-se à comunidade de simpatizantes da DECO PROteste em DECO Proteste simpatizantes