"Falhámos, sem dúvida, mas amanhã estaremos a trabalhar para preparar as próximas eleições autárquicas". Pouco depois de ouvir as declarações de Paulo Portas e Passos Coelho, Marinho e Pinto dirigiu-se aos jornalistas para assumir a derrota do PDR, que não conseguiu eleger um único deputado, mas rapidamente virou a agulha. "Pressinto que vamos entrar numa época muito complicada para os portugueses, muito difícil", disse.
Convencido de que houve uma "transferência de votos diretamente do PS para a extrema esquerda", e que isso "não augura nada de bom", Marinho e Pinto deu a entender que mais depressa o PS "viabilizará um governo de direita" do que a esquerda seja capaz de chegar a acordo.
Sobre aquilo que Cavaco Silva dirá sobre estes resultados, o líder do PDR diz que o PR "é um homem que se move muito bem nos meandros da intriga política e vai criar ou procurar criar condições para transformar a maioria relativa da coligação numa maioria absoluta". E recorda: "Ele próprio tem experiência disso, em 1985".
À saída da sede do PDR, em Lisboa, Marinho e Pinto foi cumprimentado por vários apoiantes que lhe dirigiram palavras de força e pediram para não desistir.
Em pouco mais de 15 minutos, a sede do PDR ficou vazia.