Legislativas 2019

PCP sobre Tancos: “Se houver acusação”, Azeredo Lopes tem de responder por falsas declarações na AR

Jerónimo de Sousa fez uma declaração sem direito a perguntas sobre as “gravíssimas acusações” que pendem sobre o ex-ministro da Defesa. Ao fim de dois dias de polémica, os comunistas reagem finalmente e disparam sobre CDS

Ana Baião

Jerónimo de Sousa aproveitou o final do comício de campanha em Serpa, no Alentejo, para dizer que “se tivesse sido feito o que o PCP defendeu, nada disto teria acontecido”, lembrando que os comunistas eram favoráveis a que a comissão parlamentar de inquérito ao desaparecimento das armas de Tancos só avançasse depois de concluída a investigação criminal.

“Ninguém nos acompanhou nesta posição. Nem o CDS”, disse Jerónimo, repetindo que “o PCP não tem duas caras como o CDS”. A indireta refere-se à posição dos centristas durante a comissão de inquérito aos submarinos - sem se referir concretamente a este caso, o líder comunista disse que “seja qual for o Governo, a Justiça tem de ter condições para trabalhar e apurar a verdade”.

“Ninguém pode esconder a gravidade do que aconteceu. Apure-se tudo”, disse ainda o secretário-geral.

Jerónimo sublinhou que “a Justiça deve elucidar as gravíssimas acusações que são imputadas ao ex-ministro da Defesa” de António Costa. E deixou um último recado: “havendo condenação”, Azeredo Lopes terá de esclarecer se prestou ou não falsas declarações perante a comissão parlamentar de inquérito.