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União Europeia

O que esperar da reunião de Paris? UE “devia dizer que abandonar a Ucrânia pode ser pior para Trump do que o Afeganistão foi para Biden”

A reunião de Paris terá como objetivo delinear um plano de ação europeu, após dias de mensagens contraditórias - ou abertamente hostis às aspirações da Ucrânia e às democracias europeias - vindas dos vários representantes de Trump na conferência de Munique e em reuniões do grupo de contacto da NATO com a Ucrânia. Bruno Cardoso Reis e Diana Soller, especialistas em assuntos internacionais, explicam por que razão vivemos um momento excecional nas relações transatlânticas e as vantagens de usar com Trump a tática que ele usa com toda a gente

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“Há décadas em que nada acontece, e semanas onde acontecem décadas.” A frase é de Vladimir Ilyich Lenin, um homem que sabia uma coisa ou outra sobre impor a sua vontade à força. Cem anos após a sua morte, o Ocidente, onde ele viveu resguardado dos extremismos czaristas enquanto apurava a sua própria receita de radicalismo, está de novo à procura de si mesmo. E tudo por causa de um outro russo que, com a invasão de um país soberano, primeiro em 2014 e de novo em 2022, veio testar as relações transatlânticas como ninguém desde Hitler. Putin é o russo, a Ucrânia o país-cobaia para o seu imperialismo e a Europa está logo ali ao lado.