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União Europeia

“A UE alterou as regras do jogo” para a adesão, mas temos de “continuar a avançar com as reformas”, diz ex-vice-primeira-ministra da Albânia

Senida Mesi sublinha que não se trata apenas de saber se o seu país está pronto para entrar no bloco comunitário, mas também se os atuais Estados-membros estão prontos para o aceitarem. Em entrevista ao Expresso, a antiga governante refere o Estado de Direito e o combate à corrupção e ao crime organizado como os “três pilares principais” no processo de adesão e classifica o pacto de externalização migratória celebrado com Itália como “uma solução, talvez de curto prazo, para a crise dos imigrantes”

Senida Mesi, antiga vice-primeira-ministra da Albânia, nas Conferências do Estoril 2024
José Fonseca Fernandes

A Albânia apresentou o pedido de adesão à União Europeia (UE) em 2009, tendo-lhe sido concedido o estatuto de país candidato em 2014, ou seja, cinco anos mais tarde. Mas ainda foram necessários mais oito anos até que, em 2022, a UE realizasse a sua primeira conferência intergovernamental com a Albânia.

No mês passado, em conferência de imprensa com o primeiro-ministro albanês, Edi Rama, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou, em Tirana, que os progressos feitos no processo de adesão irão valer mais €920 milhões de investimento europeu ao país dos Balcãs Ocidentais.

Senida Mesi foi vice-primeira-ministra da Albânia entre setembro de 2017 e janeiro de 2019 durante o segundo Governo de Edi Rama, que se mantém no cargo desde 2013. Militante do Partido Socialista, liderado pelo atual primeiro-ministro desde 2005, Mesi também foi deputada entre 2017 e 2021.

“Estamos mais próximos da UE do que alguma vez estivemos. Agora está a faltar a formalização desta união”, disse a antiga governante, em entrevista ao Expresso, nas Conferências do Estoril 2024.