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União Europeia

PPE apoia proposta da extrema-direita e maioria pró-europeia volta a quebrar

O Partido Popular Europeu votou em bloco para aprovar uma emenda da extrema-direita que pedia dinheiro para a construção de estruturas físicas nas fronteiras da União Europeia no orçamento comunitário de 2025. O PSD votou contra. Mas o texto final sobre as prioridades do Orçamento comunitário para 2025 acabou por chumbar em mais um exemplo de desentendimento entre a maioria pró-europeia

Ursula Von der Leyen e Manfred Weber estiveram em Cascais no encontro do PPE
TIAGO PETINGA

É mais um exemplo de desentendimento entre as autointituladas forças pró-europeias no Parlamento Europeu, com Socialistas, Liberais e Verdes a acusarem o Partido Popular Europeu, a família política de PSD e CDS, de se juntar à extrema-direita.

O PPE, liderado pelo alemão Manfred Weber, votou em bloco para fazer passar duas emendas propostas pelo grupo da Europa das Nações Soberanas (ENS), a bancada de extrema-direita a que pertencem os alemães da AfD. Uma pedia "financiamento adequado para barreiras físicas na fronteira externa da União", leia-se muros e vedações. A outra emenda defendia a criação de centros de retorno de migrantes fora da UE, e "se necessário", o "financiamento adequado" dos mesmos.