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União Europeia

Países Baixos à espera de primeiro-ministro: Wilders não avança (mas manda), o seu favorito também não, soam alarmes em Bruxelas

As ‘credenciais’ islamofóbicas, antieuropeístas e anti-imigração desqualificaram-no como primeiro-ministro, mas é ao líder da extrema-direita, vencedor das legislativas de novembro passado, que cabe indicar um sucessor de Mark Rutte. O nome de que se falava abandonou a corrida, adensando o mistério sobre quem chefiará um Governo de quatro partidos. Já a caminhar noutra pista, será o primeiro-ministro demissionário o nome certo para liderar a NATO?

Geert Wilders é um político da extrema-direita neerlandesa e líder do partido PVV
Piroschka van de Wouw/Reuters

As mais recentes eleições legislativas nos Países Baixos realizaram-se em novembro. O Partido pela Liberdade (PVV, na sigla neerlandesa), formação de extrema-direita de Geert Wilders, foi o mais votado pela primeira vez desde a sua fundação, em 2006. Seguiu-se quase meio ano de negociações e, na semana passada, Wilders anunciou que foi alcançado um acordo para um governo de coligação que junta quatro partidos.

Persiste a dúvida, porém, sobre quem será o sucessor de Mark Rutte, primeiro-ministro desde 2010. Líder do Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD, liberal) entre 2006 e 2023, Rutte perfila-se como candidato a secretário-geral da NATO depois de, em 2022, ter atingido a marca de político com maior longevidade na chefia de um Executivo no país.