Há cinco anos, Ursula von der Leyen surgiu surpreendentemente como a solução de compromisso à presidência da Comissão Europeia. Agora, diz, sem surpresas, que quer ficar mais cinco anos. O facto de já estar no cargo e de contar com um forte apoio entre os líderes europeus abre caminho para a reeleição. Mas há uma dose de incerteza, ligada ao resultado das próximas eleições europeias e à coligação de forças que daí resultar. A maioria que a elegeu em 2019 deverá sofrer mudanças.
Uma das grandes questões que se coloca é saber com que maioria será eventualmente aprovada no Parlamento Europeu: se com uma maioria apenas pró-europeia, ou se contará (ou precisará) também com os votos dos conservadores eurocéticos.
Um dos temas da campanha de von der Leyen está escolhido: defesa. Com a guerra da Ucrânia num impasse e a possibilidade de Trump poder ganhar novamente as eleições nos Estados Unidos, o discurso da alemã afina a direção. Diz que quer responder "a todos os desafios", de forma a que "as pessoas se sintam protegidas e seguras na UE".