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União Europeia

“Pretexto”, “oportunidade” e “necessidade”: eurodeputados portugueses defendem adesão da Ucrânia (mas com reformas na UE primeiro)

A Comissão Europeia está prestes a publicar o relatório que ditará se a Ucrânia tem condições para começar a negociar a adesão à UE. Só que alargar a União não pode acontecer sem reformas internas e é aí que começam a divergências

WOJTEK RADWANSKI

A presidente da Comissão Europeia esteve este fim de semana na Ucrânia, pela sexta vez desde o início da invasão russa, há 622 dias. A visita, que já estava agendada antes dos ataques do Hamas que reacenderam o conflito com Israel, ganhou nova leitura quando este segundo conflito às portas da União Europeia desviou a atenção mediática no último mês.

"A mensagem mais importante é a de reassegurar que continuamos com a Ucrânia pelo tempo que for preciso", disse Ursula von der Leyen à comitiva de jornalistas que acompanhou a viagem (e da qual o Expresso fez parte).

No “topo da agenda”, acrescentou, esteve o tema do alargamento. Oficialmente, o posicionamento de Bruxelas será conhecido esta quarta-feira, quando a Comissão Europeia publicar o relatório sobre as reformas e progressos feitos pelo país. Será este documento que ditará se Kiev está em condições de iniciar oficialmente as negociações de adesão.

Mas o tema levanta muitas dúvidas, principalmente devido às reformas institucionais que todos concordam que a própria UE terá de fazer internamente para sustentar os alargamentos. Da direita à esquerda, eis como os eurodeputados portugueses olham para o tema.