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União Europeia

Viragem na Polónia terá efeito de contágio? Sim e não: pode “enfraquecer eurocéticos”, mas persistem “cavalos de Troia” com poder de veto

As legislativas de domingo colocam a oposição unida em condições inéditas para formar um governo liberal e de centro. Se assim for, a Polónia sairá do trio de países eurocéticos que formava com a Hungria e a Eslováquia. No entanto, se há quem veja “uma maré iliberal” a estancar, também não falta quem advirta que “a tendência para o aumento do populismo autoritário mantém-se firme”

Em 2018, o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, cumprimenta o húngaro Viktor Orbán, na presença do checo Andrej Babis e do eslovaco Robert Fico
ATTILA KISBENEDEK/AFP/Getty Images

“A ideia de que a Europa Central se está a tornar ‘orbánesca’ e iliberal – em voga após o resultado das eleições eslovacas de setembro – está claramente errada.” A avaliação foi feita por Nathan Alan-Lee, académico da Escola de Estudos Eslavos e da Europa Oriental no University College de Londres, num artigo para o Centro de Análise de Política Europeia publicado no dia seguinte às eleições legislativas polacas, que se realizaram no domingo.