A organização de cooperação BRICS já não é inconsequente: além de representar quase metade (45%) da população e valer mais do que as sete economias mais desenvolvidas do mundo, esta semana, na cimeira anual, na Rússia, o grupo pôde mostrar que estará a construir um futuro promissor. Apesar de ter integrado quatro novos membros — Egito, Etiópia, Irão e Emirados Árabes Unidos —, mais expansões podem acontecer em breve.
Tornou-se mais claro, durante a cimeira desta semana, que o objetivo final é criar uma verdadeira alternativa aos modelos de governação global liderados pelo Ocidente. Segundo o jornalista irlandês Chay Bowes, acusado pelo Ocidente de difundir propaganda pró-Kremlin, trata-se de “uma negociação baseada na ideia de que internamente, em cada país, não se quer mudar quem se é, aquilo em que se acredita, o sistema de Governo” (o que ignora que grande parte destes países são apontados como autocráticos).