No terceiro e último dia das eleições presidenciais da Rússia, nas quais se espera que Vladimir Putin venha a obter um quinto mandato, formaram-se filas à porta dos locais de votação em toda a Rússia no âmbito de um protesto chamado Meio-dia contra Putin que estava a ser promovido pela equipa de Aleksei Navalny, o falecido líder da oposição que morreu numa colónia penal no Ártico no mês passado.
Os russos que vivem no estrangeiro, e que fugiram do país em resultado da invasão em grande escala da Ucrânia e da repressão política interna, gritavam “A Rússia será livre!” quando vieram às embaixadas russas para protestar, ou mesmo votar “em qualquer candidato que não seja Putin”, como Navalny havia aconselhado. No início deste mês, a sua viúva, Yulia Navalnaya, reiterou esse apelo dele num discurso em vídeo.
No domingo, Navalnaya esteve à porta da embaixada russa em Berlim com Mikhail Khodorkovsky, o oligarca que passou quase nove anos na prisão após ter desafiado Putin. Khodorkovsky, que vive em Londres, tornou-se uma figura importante e financiador das atividades da oposição.