Samantha de Bendern não se atreve a dizer que uma data tenha sido estrategicamente escolhida para a morte de Alexei Navalny, o grande opositor de Putin na Rússia. Mas a analista e autora que se foca em questões russas, ucranianas e da UE quer que se tenha atenção aos detalhes, mais precisamente às “coincidências” que as narrativas de Trump e Putin vão apresentando aos seus públicos. Em entrevista ao Expresso, a investigadora do Instituto Real de Assuntos Internacionais da Chatham House e consultora para relações entre a UE e Rússia e crimes financeiros no think tank Conflict Studies Research Center explica a importância e o simbolismo de Navalny para os russos e os passos seguintes que Vladimir Putin poderá dar para acentuar a repressão e levar os EUA para a sua órbita de influência.