A embaixadora de Portugal em Moscovo depôs esta segunda-feira de manhã um ramo de cravos vermelhos na Pedra de Solovetsk, um memorial que recorda as vítimas da repressão política na Rússia, situado na praça Lubyanka. Na Rússia, os cravos vermelhos são as flores mais utilizadas para homenagear a memória dos que partiram.
Este ato simbólico da embaixadora Madalena Fischer não é um gesto isolado, mas antes uma homenagem que acompanha a de centenas de pessoas que nos últimos dias depositaram flores, junto à Pedra de Solovetsk, em honra do opositor russo Alexei Navalny, cuja morte foi conhecida na última sexta-feira, 16 de fevereiro.
Não foi a primeira vez que a embaixadora de Portugal em Moscovo homenageou as vítimas da repressão política junto à Pedra de Solovetsk. No dia 29 de outubro do ano passado Madalena Fischer integrou um grupo de representantes diplomáticos de vários países que depositaram flores neste memorial em homenagem às vítimas da repressão política do regime soviético.
Diplomata desde 1995, Madalena Fischer apresentou credenciais em Moscovo em dezembro de 2021. Foi a primeira mulher a chefiar a Direção-Geral de Política Externa – DGPE, uma importante estrutura do Ministério dos Negócios Estrangeiros, cargo que assumiu em 2019, depois de ter sido embaixadora de Portugal no Egito.
Bona foi o seu primeiro posto no exterior, tendo acompanhado a transferência da embaixada de Portugal na Alemanha — que durante anos funcionou em Bona — para Berlim.
De Berlim seguiu para a embaixada de Portugal em Islamabad. Estava nesse posto na altura do 11 de setembro de 2001, circunstância que terá contribuído para a elaboração do livro “Pakistan under Siege”, publicado em 2004, de que é co-autora em parceria com o diplomata alemão Matthias Fischer.