Rússia

União Europeia renova sanções contra Rússia por mais seis meses

As sanções renovadas até ao final de julho de 2024 “abrangem diversos setores, incluindo restrições ao comércio, finanças, tecnologia, indústria, transportes e bens de luxo”, referiu a comissão da União Europeia. A estas medidas sancionatórias acrescem os 12 pacotes já em vigor

GEORGES GOBET/Getty Images

O Conselho da União Europeia (UE) renovou hoje por mais seis meses as sanções impostas contra a Rússia por causa da invasão à Ucrânia, que começou há praticamente dois anos.

Em comunicado, o Conselho da UE anunciou que renovou o regime de sanções contra a Federação Russa até 31 de julho de 2024, informando igualmente que fará nova avaliação para reavaliar uma possível prorrogação.

Bruxelas introduziu as sanções em 2014 em resposta à anexação da península da Crimeia, manobra encarada por vários analistas como um "ensaio" para o conflito alargado a praticamente todo o território ucraniano em fevereiro de 2022.

"Atualmente [as sanções] abrangem diversos setores, incluindo restrições ao comércio, finanças, tecnologia, indústria, transportes e bens de luxo", referiu o órgão do bloco europeu.

As sanções incluem também a proibição de importar ou transferir petróleo e produtos derivados desde a Rússia para a UE e a suspensão das atividades com os bancos russos, assim como o bloqueio de todos os órgãos de comunicação que na ótica de Bruxelas propagam "desinformação do Kremlin [Presidência russa]".

A estas medidas sancionatórias acrescem todas as que a UE foi aprovando nos últimos 12 pacotes de sanções desde 24 de fevereiro de 2022, dia em que teve início a ofensiva militar russa.

"Enquanto as ações ilegais de Federação Russa continuarem a violar a proibição da utilização da força, que é uma grave quebra das obrigações ao abrigo da lei internacional, é apropriado manter todas as medidas impostas pela UE e ir mais longe, se necessário", sublinhou Bruxelas na nota divulgada.

A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).