As cunhadas Irina Mospanenko, 32 anos, e Olga Yarmolyuk, 36, e os filhos Artem, de 11, Darina, 3, Vitória, 11, e Verónika, 5, foram até há uns meses a regra. Fugiram da Ucrânia para Portugal para encontrar refúgio quando a invasão russa começou. Agora, desde agosto, são a exceção. Regressaram a casa, a Slavuta, uma cidade entre Kiev e Lviv. Sabiam que os apartamentos onde viviam não foram atingidos pelos bombardeamentos e arriscaram. Estão mais próximas dos maridos, ambos na frente de combate, um em Donetsk, outro em Zaporijia, mas já sem uma Europa inteira a separá-los.Tinham a vida feita em Portugal, mas a guerra já levava mais tempo do que aquele que elas conseguiram aguentar à espera da paz.