Guerra na Ucrânia

Embaixada da Rússia reage ‘diplomaticamente’ à iluminação da fachada com as cores da Ucrânia. Seixas da Costa fala em “protesto cívico criativo”

Ao Expresso, a embaixada da Federação Russa adiantou que, “como é natural neste tipo de casos”, a sua reação vai ser levada ao conhecimento do Ministério dos Negócios Estrangeiros português

Ato “sem agressividade” é assim que o embaixador Francisco Seixas da Costa classifica a iluminação do edifício da Embaixada da Rússia com as cores da bandeira da Ucrânia, na noite desta segunda-feira, em Lisboa.

O Expresso sabe que a embaixada da Federação Russa vai reportar o incidente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Até agora, “não recebemos nenhuma Nota Verbal sobre o incidente”, disse o gabinete de Augusto Santos Silva ao Expresso.

Questionados por email, os serviços de imprensa da embaixada da Federação Russa dizem que acreditam que as “tecnologias civis avançadas – em vários domínios – devem favorecer a promoção da cooperação vantajosa entre Estados, nações e pessoas, evitando a politização adicional da agenda atual. A reação da Embaixada, como é habitual neste tipo de casos, será levada ao valioso conhecimento do MNE português, pelos canais de comunicação existentes.”

O protesto foi organizado por um grupo de ativistas jovens que, cerca das 22h de segunda-feira, projetaram feixes luminosos azuis e amarelos a partir de uma carrinha estacionada na rua onde fica a Embaixada da Federação Russa na capital portuguesa.

Foi um protesto pacífico, “cívico e criativo” contra a invasão russa da Ucrânia, disse ao Expresso o diplomata jubilado Francisco Seixas da Costa: “Não tem significado diplomático, [nenhum país democrático] pode evitar protestos individuais” dos seus cidadãos.