EUA

Cérebro dos atentados do 11 de Setembro aceita acordo e evita condenação à morte

Acordo foi anunciado pela primeira vez numa carta enviada pelos procuradores às famílias das vítimas. O texto do Departamento da Defesa dos EUA não detalha os termos e as condições destes acordos

Sean Adair

O Departamento da Defesa dos EUA (DoD, na sigla em inglês) anunciou, esta quarta-feira, que o paquistanês Khalid Cheikh Mohammed, considerado o cérebro dos atentados do 11 de Setembro de 2001, aceitou um acordo de pena negociada pré-julgamento.

Este acordo permite a Khalid Cheikh Mohammed evitar um processo em que corria o risco de ser condenado à morte, em troca de uma sentença de prisão perpétua, avançou, por seu lado, o New York Times .O acordo foi anunciado pela primeira vez numa carta enviada pelos procuradores às famílias das vítimas.

“Em troca da retirada da pena de morte como possível punição, estes três acusados concordaram em declarar-se culpados de todas as infracções imputadas, incluindo o assassinato das 2.976 pessoas listadas na folha de acusação”, podia-se ler na carta.

Segundo o comunicado do DoD, houve mais dois acordos pré-julgamento com, respetivamente, Walid Muhammad Salih Mubarak Bin 'Attash e Mustafa Ahmed Adam al Hawsawi, também acusados no processo daqueles atentados.

O texto do DoD não detalha os termos e as condições destes acordos.

Khalid Sheikh Mohammad, Walid Muhammad Salih Mubarak Bin Attash e Mustafa Ahmed Adam al-Hawsawi estão detidos há vários anos na base naval americana de Guantanamo, em Cuba.

O acordo foi alcançado mais de 16 anos depois de ter sido feita a acusação pelo ataque da Al-Qaeda e mais de 20 anos depois de militantes desta organização terem dirigido aviões comerciais contra edifícios, causando a morte a cerca de três mil pessoas. Este é o atentado mais mortífero em solo americano.