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“Não há razão moral para o Estado existir”: revolução de Milei pode contagiar o mundo, diz biógrafo do Presidente argentino

Javier Milei não quer reformar o Estado, antes erradicá-lo — ou, pelo menos, reduzi-lo ao mínimo possível. Em entrevista ao Expresso, Philipp Bagus, autor de “Javier Milei: a Causa da Liberdade”, já publicado em Portugal, reconhece-se admirador do Presidente argentino e da sua luta contra o coletivismo. “Haverá sempre perdedores, isto é, um custo social, mas faz parte de uma economia de mercado”, diz, admitindo que a guerra cultural é “essencial” para políticos como Milei chegarem ao poder

Javier Milei e Philipp Bagus no lançamento da edição alemã da biografia do Presidente argentino
D.R.

Javier Milei “não teria chegado ao poder sem travar uma guerra cultural”, admite ao Expresso Philipp Bagus, autor de “Javier Milei: a Causa da Liberdade”, obra publicada pela D. Quixote. O biógrafo do Presidente argentino é professor catedrático de Economia na Universidade Rei Juan Carlos, em Madrid, e investigador nas áreas da Teoria Monetária e da Teoria dos Ciclos Económicos.

Bagus, que conhece o anarcocapitalista libertário Milei, garante que este quer fazer da Argentina o país mais livre do mundo. “Acredita que a nossa civilização ocidental está em perigo, porque estamos a adotar, lentamente, ideias socialistas coletivistas que não são ocidentais”, analisa o autor e seu admirador. Pensa, como Milei, que “a desigualdade não é importante, importante é que não haja pobreza”.