América Latina

Milei quer acabar com o crime de femicídio: Buenos Aires reagiu com marcha pela diversidade de género e contra o Presidente

Uma marcha antirracista e em defesa da diversidade mobilizou este sábado milhares de pessoas em Buenos Aires, em resposta às recentes declarações do Presidente ultraliberal da Argentina, Javier Milei, sobre questões de género

Europa Press News

Uma marcha antirracista e em defesa da diversidade mobilizou este sábado milhares de pessoas em Buenos Aires, em resposta às recentes declarações do Presidente ultraliberal da Argentina, Javier Milei, sobre questões de género.

A marcha foi convocada por organizações da comunidade LGBTQI+, às quais se juntaram associações, sindicatos, militantes de partidos da oposição, milhares de cidadãos, com cartazes e bandeiras arco-íris.

Embora a grande concentração tenha acontecido em Buenos Aires, as agências noticiosas France-Presse e EFE dão conta de manifestações semelhantes noutros pontos do país e também no estrangeiro.

A agência espanhola noticiou que em Lisboa também se juntaram algumas dezenas de manifestantes, sobretudo argentinos, no jardim do Arco do Cego, perto da Embaixada argentina na capital portuguesa.

Na quinta-feira, o Presidente da Argentina, Javier Milei, disse, num discurso perante o Fórum Económico Mundial de Davos, na Suíça, que "o feminismo radical é uma distorção do conceito de igualdade" e que o conceito de femicídio "legaliza, de facto, que a vida de uma mulher vale mais do que a de um homem".

No dia seguinte, o Governo argentino anunciou que tenciona abolir o conceito penal de femicídio - incorporado no Código Penal argentino em 2012 -, com o ministro da Justiça argentino a argumentar que "nenhuma vida vale mais do que outra".

No entanto, a proposta poderá não ser aprovada no parlamento, onde as forças do Presidente se encontram em minoria.