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Claudia Sheinbaum excluiu Filipe VI da sua tomada de posse: carta ignorada motiva crise nas relações entre Espanha e México

A recém-eleita Presidente do México mantém a posição do antecessor, Andrés Manual López Obrador. Exigem a Espanha um pedido de desculpas pelos “agravos” da Conquista. A cerimónia de tomada de posse no próximo dia 1 de outubro não contará com nenhum representante oficial espanhol

Claudia Sheinbaum, recém-eleita Presidente do México
Raquel Cunha/Reuters

Está aberta nova frente de confronto nas relações externas espanholas. Às feridas por cicatrizar causadas por conflitos diplomáticos de maior ou menor intensidade com a Argentina ou a Venezuela, na América Latina, e Israel, Marrocos e a Argélia, em África e no Médio Oriente, soma-se uma rixa com o México, país com profundos vínculos históricos, culturais e económicos com Espanha.

A nova Presidente eleita do México, Claudia Sheinbaum, que tomará posse na próxima terça-feira, 1 de outubro, decidiu não convidar o rei de Espanha, Filipe VI, para os atos protocolares da passagem de poder. Este gesto é considerado “inamistoso” pelo Governo chefiado pelo socialista Pedro Sánchez. Espanha decidiu, por isso, não enviar qualquer representação oficial às cerimónias.