A Venezuela entrou em território desconhecido na noite de domingo para segunda-feira. Antes, sábado, véspera das eleições, o povo foi às urnas, ciente de que não estava em causa uma festa, mas um exercício de resistência contra o poder chavista, que governa há um quarto de século. Por volta da meia-noite (5h em Portugal Continental), o regime anunciou resultados oficiais preliminares que ditavam a reeleição do Presidente Nicolás Maduro com 51% dos votos, contra 44% do opositor Edmundo González. “Dentro de 24h vamos apresentar provas irrefutáveis do nosso triunfo. Foi por KO”, assegurou Maduro, falando numa vitória “da paz e da estabilidade”.
Durante a jornada eleitoral repetiram-se por todo o país imagens de longas filas de cidadãos, dispostos a passar horas seguidas de pé, até poderem exercer o seu direito. Isto apesar das inumeráveis armadilhas colocadas no caminho pela revolução bolivariana.