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América Latina

Eleições no México: 34 candidatos assassinados e uma mulher que entrará para a história como a primeira presidente

Dezenas de milhões votam em eleições presidenciais, legislativas e não só. Á favorita é Claudia Sheinbaum, herdeira política do Presidente cessante, Andrés Manual López Obrador, contra a qual se unem os três partidos históricos do país. Disputa política ficou marcada por violência, com mais de 200 mortos, incluindo 34 candidatos

Claudia Sheinbaum, seguidora do Presidente cessante Andrés Manuel López Obrador, é a mais provável vencedora das presidenciais
Carlos Tischler/Eyepix Group/LightRocket/Getty Images

É possível, no México de hoje, derrotar um partido que encarna a Virgem Morena de Guadalupe e tem como líder um pastor de massas, encarnação da religião populista em terras americanas? Cerca de 100 milhões de mexicanos responderão a esta dúvida nas eleições deste domingo, com apenas uma certeza: o grande país americano, o maior gigante hispanófono, terá, pela primeira vez, uma mulher na presidência durante os próximos seis anos. Mas já lá vamos.

Antes é preciso frisar que o México atravessa a mesma tormenta que boa parte das Américas: a insegurança. Isso mesmo recordaram, por estes dias, “The New York Times” e “The Washington Post”, causando a ira do Presidente cessante, Andrés Manuel López Obrador — conhecido pelas iniciais AMLO, como se fosse o JFK do México —, contra os “meios de comunicação conservadores”. Segundo estes jornais dos Estados Unidos, o crime organizado está a capturar pequenos governos locais mexicanos para assegurar proteção aos seus negócios ilegais, o que levou a um recrudescimento da violência em campanha, saldando-se na morte de pelo menos 34 candidatos.